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16/12/2010 - 11h36

ANJ e Google fazem parceria na internet

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DE SÃO PAULO

A ANJ (Associação Nacional dos Jornais) e o Google anunciaram ontem uma parceria para estabelecer regras para as buscas de notícias na internet.

A partir de hoje, o Google deverá apresentar apenas uma linha de notícia nos resultados de buscas na página do Google Notícias.

Para isso, os sites dos veículos terão de adotar alguns procedimentos de modo a instruir o "robô" do Google responsável por fazer a varredura nos sites de notícia a selecionar apenas a primeira linha de cada reportagem. Hoje, o Google Notícias exibe três linhas de conteúdo.

A medida vale apenas para o Google Notícias, não para as buscar normais do Google.

Nem todos os veículos permitem que seu conteúdo seja anexado pelo Google News. É o caso da Folha e do UOL.

Do ponto de vista dos jornais, a restrição de conteúdo para uma linha tem por objetivo atiçar a curiosidade do leitor e levá-lo a acessar a notícia, entrando no site do veículo.

A nova regra, chamada de "Uma linha no Google", vai durar seis meses, tempo em que os veículos que aderirem irão monitorar o comportamento do internauta.

"Não sabemos qual vai ser o resultado, e a ideia é medir e verificar o comportamento do leitor", declarou Silvio Genesini, diretor-presidente do Grupo Estado e diretor do comitê de estratégia digital da ANJ, durante conversa com associados da ANJ em uma sala de bate-papo do UOL.

"Temos a opinião de gente que acredita que a redução do conteúdo possa levar mais pessoas aos sites dos veículos." Mas, ressalta Genesini, "pode ocorrer o contrário e o leitor não ser fisgado por uma linha de notícia".

A medição deverá ser feita por meio de uma ferramenta do próprio Google, chamada Google Analytics.

AMOR E ÓDIO

Em todo o mundo, a relação entre o Google e os veículos de comunicação é de "amor e ódio". Alguns veículos veem o Google como um inimigo que distribui conteúdo sem pagar por isso.
Outros encaram o gigante de busca como um parceiro que ajuda a gerar tráfego.

Para o Google, a indexação de notícias não fere direitos autorais. "Acreditamos que fazemos o uso adequado e justo do conteúdo, seja com a exibição de três linhas de notícias ou de uma linha", diz Rodrigo Velloso, diretor de desenvolvimento de novos negócios para a América Latina do Google.

Velloso defende que os veículos precisam aprender a usar as ferramentas disponíveis para, inclusive, aumentar as suas receitas.

A parceria também prevê treinamentos para que os veículos aprendam a utilizar as ferramentas e tecnologias disponíveis no site do Google a fim de incrementar notícias, distribuir o conteúdo em sites de terceiros e também atrair anunciantes.

A ANJ e o Google também estudam como aperfeiçoar o sistema de indexação de notícias no Google Notícias.

 

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