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02/09/2012 - 07h21

Centro de Xangai pode entrar em colapso daqui a 3 anos

DA EFE

Se mantiver seu atual crescimento, o centro de Xangai, a segunda cidade mais populosa da China, com 23 milhões de habitantes, poderá entrar em colapso em três anos devido à falta de recursos, principalmente água.

Assim assegura o relatório da Conferência Consultiva Política do Povo de Xangai, o principal organismo assessor do governo local, que assegura que a densidade populacional do centro da capital econômica da China chega a ser cinco vezes maior que a média de outras grandes cidades do mundo.

Segundo o jornal oficial "Shanghai Daily", uma média de 16.828 pessoas por quilômetro quadrado vive nos distritos do centro histórico de Xangai, ou seja, 2,4 vezes o número habitante do centro de Tóquio, 3,5 vezes o de Londres e 4,8 vezes o de Paris.

Isto significa que quase metade da população local, cerca de 11,5 milhões de pessoas, vive nos distritos do centro urbano da cidade, que ocupam apenas 10% dos terrenos municipais e apresentam ruas da época colonial, do final do século 19 e princípios do 20.

Apesar de ter renovado boa parte dos prédios do centro, Xangai apresenta um trânsito difícil de ser comparado com o de outras grandes metrópoles do país, já que a capital econômica da China possui a difícil missão de acomodar 11,5 milhões de pessoas em um traçado urbano de ruas estreitas, como as partes antigas de muitas cidades europeias.

Desta maneira, incluindo todos os distritos suburbanos da metrópole chinesa, muito mais rurais, espaçosos e menos habitados, a densidade de população oficial de Xangai é de 9.589 pessoas por quilômetro quadrado, um nível que ainda é muito acima dos números de Tóquio, Londres e Paris, alerta a Comissão.

SXC
Vista da cidade de Xangai, na China; aumento da população pode levar ao colapso do centro urbano
Vista da cidade de Xangai, na China; aumento da população pode levar ao colapso do centro urbano

Segundo o organismo assessor, se a gestão dos terrenos da cidade apresentar uma melhora, o limite populacional que Xangai poderia assumir estaria entre 25 e 28 milhões de habitantes.

Mas, devido à chegada de muitos imigrantes de outras partes da China, esse número poderia ser superado em três anos.

O número de 23 milhões de habitantes também possui base no último censo oficial do país, realizado em 2010, mas essa marca já supera os 24 milhões seguramente, já que na última década a cidade aumentou sua população registrada em cerca de 630 mil novos habitantes por ano.

Para atenuar o problema, o organismo consultivo propõe que o governo local controle estritamente o número de novos projetos imobiliários de alta densidade no centro, onde abundam os prédios residenciais de mais de 30 andares, e que melhore a qualidade dos serviços públicos dos arredores.

A falta de qualidade do transporte e dos centros médicos e educativos do entorno, além das grandes distâncias para se chegar ao centro, fazem os moradores de Xangai partirem para áreas mais tranquilas nos arredores da metrópole.

Outra preocupação da Conferência Consultiva é a possível escassez de água no centro urbano, já que atualmente a cidade tenta melhorar sua rede para garantir a provisão a toda cidade para 2015, quando os moradores de Xangai já deverão superar os 26 milhões de pessoas.

Se a população local superar os 30 milhões de habitantes e Xangai mantiver sua provisão atual, vai faltar pelo menos 2 milhões de toneladas de água por dia, o que equivale aproximadamente a 11% do máximo potencial de provisão que a cidade pode alcançar.

Até o momento, só o município de Chongqing (centro), com 32,6 milhões de habitantes, supera os números totais de Xangai, embora sua população esteja mais repartida devido ao seu amplo território suburbano.

 

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