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Torceu o pé como Neymar em viagem no exterior? Saiba o que fazer

Ter seguro e ler as letrinhas miúdas da apólice é crucial para evitar perrengue

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Ocala (Estados Unidos)

Ninguém espera torcer o tornozelo disputando o primeiro jogo da Copa do Mundo. Viajando tampouco. Mas pode acontecer, e é bom estar preparado, porque não só o talento para embaixadinhas separa Neymar de um viajante qualquer.

Foi o caso deste repórter, que torceu o tornozelo ao se preparar para uma trilha de mountain bike nos Estados Unidos, em viagem para o caderno de Turismo. Por sorte, o acidente aconteceu no último dia do passeio. Por um momento, no entanto, a sensação de desespero foi tão grande quanto deve ter sido a do camisa dez da seleção no mundial.

Neymar torce o tornozelo em jogo contra a Sérvia na Copa do Mundo do Qatar de 2022
Neymar torce o tornozelo em jogo contra a Sérvia na Copa do Mundo do Qatar de 2022 - Gabriela Biló/Folhapress

Pode parecer drama, mas não é. Enquanto Neymar teve atendimento médico imediato, no campo, os mortais não têm nem nunca terão o mesmo auxílio. Assim, como fica o turista? Como é ir ao hospital no exterior? E enfrentar um voo de quase dez horas, na classe econômica, com o pé do tamanho de uma Al Rihla?

A orientação dos ortopedistas é paralisar completamente a atividade que provocou a lesão e ir até um local confortável, de preferência sem fazer esforço. Meu acidente se deu antes da entrada na trilha —do contrário, aceitaria até ser carregado.

A partir de então, o repouso é indispensável: deve-se colocar o pé para o alto, na altura do coração, e aplicar gelo com pequenos intervalos a cada 20 minutos.

O protocolo não parece diferente, mas a coisa muda quando se está fora de casa. Qualquer viajante sabe —ou deveria saber— o risco que é viajar para o exterior sem seguro, incluindo a deportação no caso de países que fazem disso uma exigência para a imigração.

Além disso, existem seguradoras que, nas letrinhas miúdas da apólice, só garantem atendimento médico em caso de emergência, e não de urgência. À primeira vista, pode parecer a mesma coisa, mas, enquanto emergência diz respeito a doenças ou acidentes que oferecem risco de vida, urgência é o termo mais apropriado para um tornozelo torcido ou um braço quebrado.

É uma diferença importante para o turista levar em conta, mesmo que o destino possua sistema público de saúde. O país o atenderá se sua vida estiver em risco —e só. Não é igual ao do Sistema Único de Saúde (SUS), que, por ser universal e integral, atende a qualquer demanda de qualquer pessoa, brasileiro ou não.

E, mesmo com o seguro correto em mãos, é preciso ter cuidado. Nos EUA, por exemplo, hospitais são destinados a casos mais graves, com avaliação de especialistas, exames mais complexos e internações. São também, vale dizer, muito mais caros.

Por isso, é preciso procurar um centro de "urgent care", isto é, uma clínica de atendimento de urgência, que costuma fazer exames simples, como uma radiografia. As seguradoras normalmente fazem uma pré-triagem e já encaminham o paciente ao local adequado, mas é bom saber disso.

Dólares à parte, mesmo dentro do consultório as letrinhas da apólice podem ser inimigas. Há seguros que não cobrem acidentes provocados por esportes considerados radicais, como o esqui. Diante da possibilidade de praticar algo do gênero, é recomendada a contratação de um plano especial ou de pagar um custo extra.

Para a felicidade da reportagem, mountain bike não parece ser tão radical assim, ao menos nos padrões da seguradora contratada.

Consulta feita, atenção à preocupação final: o retorno para casa. Só um médico pode dizer se é recomendável ou não enfrentar um voo longo num assento apertado, algo que naturalmente já causa inchaço em pés saudáveis.

O risco é de o passageiro desenvolver uma trombose, que é a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias das pernas e das coxas. Se esse coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, a consequência é uma embolia.

O jornalista viajou a convite do Visit Florida

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