China condiciona redução de emissões de poluentes a incentivo financeiro

O chefe de negociações da China para a mudança climática, Xie Zhenhua, afirmou que o país poderá reduzir as emissões de dióxido de carbono se receber mais incentivo financeiro dos países desenvolvidos.

ONU acusa grandes empresas por 1/3 do dano ambiental
Negociador chinês admite blecautes propositais para economizar energia
Maior poluente do mundo, China insiste em maior redução de CO2 nos países ricos

"Isso depende de quanto dinheiro será oferecido pelas nações desenvolvidas e da tecnologia que será transferida de acordo com os protocolos", destacou Xie, vice-presidente da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, citado pela agência oficial de notícias Xinhua.

Xie fez essas declarações na Conferência da Mudança Climática de Tianjin (norte da China), organizada pelas Nações Unidas para realizar os preparativos da Cúpula de Cancún no fim do ano.

Segundo ele, ainda não se pode exigir da China o mesmo que das economias desenvolvidas como da UE (União Europeia) e dos Estados Unidos, quando há países com rendas per capita de mais de US$ 40 mil que ainda não alcançaram seu pico de emissões (a renda per capita da China é de US$ 3 mil).

A China, maior emissor mundial de dióxido de carbono, ainda não se impôs redução das emissões de gases do efeito estufa, enquanto UE e EUA já o fizeram.

O negociador chinês também destacou que é razoável que a China e outras nações em desenvolvimento aumentem suas emissões de gases do efeito estufa, já que suas prioridades são melhorar a economia e a qualidade de vida de suas populações.

Mais de 3.000 delegados de 194 países negociam em Tianjin os acordos que podem ser alcançados em Cancún, mas ainda existem grandes diferenças, especialmente entre os países desenvolvidos e as nações em desenvolvimento.