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26/10/2010 - 10h43

Fim da biopirataria depende de países ricos, diz ministra na COP-10

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, disse que a biopirataria nos países em desenvolvimento depende da negociação de um acordo entre países.

O comentário foi feito nesta terça-feira durante a conferência da ONU para a preservação da biodiversidade, a COP-10 (Conferência das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica), que acontece na cidade japonesa de Nagoia.

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Para a ministra, garantir um consenso que acabe com a "biopirataria" é indispensável para que se alcance um pacto mais amplo nas negociações. "Precisamos de um acordo para um protocolo ABS", disse à AFP, referindo-se ao Acordo de Acesso e Compartilhamento de Lucros (ABS, na sigla em inglês).

Divulgação
Ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, salientou necessidade de acordo e participação de países ricos
Ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, salientou necessidade de acordo e participação de países ricos

"É muito importante que consigamos ainda este ano. Para nós, é inaceitável que ainda não tenhamos uma legislação formal."

Delegados de mais de 190 países participam na conferência em Nagoia, cuja função é discutir o modo de vida da raça humana, a destruição da natureza e quem está liderando a corrida da extinção.

Um rascunho do texto proposto lista 20 metas a serem alcançadas nos próximos dez anos, como a proteção de florestas e mares, a redução dos níveis de poluição e recuperar ecossistemas degradados.

O Brasil, no entanto, insistiu que nenhum objetivo será estabelecido até que os países ricos assinem um acordo.

Por quase duas décadas, as nações ricas resistiram à consolidação de um pacto como este. "É preciso entender a necessidade de compartilhar os lucros", disse a ministra à AFP.

"Para haver um acordo sobre a biodiversidade, é importante proteger, é importante ter um uso sustentável, mas também é importante dividir os lucros", indicou.

Questionada sobre a possibilidade de que as negociações terminem em fracasso na sexta-feira, quando termina a convenção, a ministra disse que "sempre há um risco", mas disse que está otimista. "Trabalhei duro para isso", acrescentou.

 

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