Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/12/2010 - 02h19

Brasil diz que "jogo de culpas" de Copenhague persiste em Cancún

Publicidade

DA EFE, EM CANCÚN

O chefe negociador do Brasil na 16ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudança Climática (COP-16), Luiz Alberto Figueiredo, assegurou nesta quarta-feira que se vê, assim como na fracassada reunião de Copenhague, em 2009, "o jogo do eu não faço até que você faça, com um certo jogo de culpas".

Acompanhe a Folha no Twitter
Conheça a página da Folha no Facebook

Figueiredo indicou em entrevista coletiva que não interessa ao Brasil participar de nenhum desses jogos.

"Temos que entender que a situação internacional não mudou de Copenhague para hoje. A crise financeira segue aí, as economias de muitos países, especialmente no mundo industrializado, não estão bem e as dificuldades políticas que encontramos em Copenhague seguem presentes, inclusive mais agudas em certos casos", disse.

A declaração do funcionário brasileiro acontece depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter avaliado nesta quarta-feira que a cúpula "acabará sem nada".

De acordo com Figueiredo, as palavras do líder brasileiro mostram a "grande frustração" do governante, que anunciou que o ritmo do desmatamento na Amazônia teve queda de 14% em 2010 com relação ao ano passado.

"Estamos fazendo o que nos comprometemos a fazer, e mais rápido do que nos comprometemos. O que vemos é que outros países não estão igualando este tipo de ação e compromisso", disse o negociador brasileiro.

Figueiredo também indicou que um dos temas principais a serem debatidos em Cancún é o estabelecimento de um segundo período para o Protocolo de Kioto, com novas metas de cortes de emissões de gases do efeito estufa.

O Brasil apoia o estabelecimento de metas de redução de emissões entre 25% e 40% frente os níveis de emissão de 1990, como recomenda o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, pela sigla em inglês).

O chefe negociador do Brasil assinalou, no entanto, que os países em desenvolvimento ainda não devem ser obrigados a cumprir metas vinculativas de mitigação.

"A luta contra a mudança climática é a longo prazo. Após algum tempo todos terão obrigações legalmente vinculativas, mas esse ainda não é o caso".

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página