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Representantes europeus e do FMI vão a Portugal discutir pacote
DA BBC BRASIL
Altas autoridades do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) vão nesta segunda-feira a Portugal para negociar os termos de um pacote de resgate ao país, que vive uma grave crise econômica.
A delegação é formada por dois alemães --Juergen Kroeger, da Comissão Europeia, e Rasmus Rueffer, do BCE-- e um dinamarquês --Poul Thomsen, do FMI. Eles se reunirão em Lisboa com o ministro de Finanças português, Fernando Teixeira dos Santos.
Como contrapartida ao pacote de ajuda, estimado em 80 bilhões de euros (R$ 180 bilhões), Portugal deverá adotar medidas de austeridade, como privatizações, cortes de gastos e ações para dar apoio aos bancos e para aumentar a competitividade.
Segundo a correspondente da BBC em Lisboa Alison Roberts, economistas veem os representantes europeus como mais "linha-dura" do que o FMI em termos de duração do empréstimo e de taxas de juros, devido à pressão de eleitores nos países que arcarão com o pacote.
Neste domingo, nas eleições gerais da Finlândia, o partido "eurocético" Verdadeiros Finlandeses aumentou em quatro vezes a sua bancada de parlamentares. Isto pode dificultar a aprovação do pacote de ajuda a Portugal, já que o Parlamento finlandês tem o poder de aprovar ou rejeitar a participação do país em medidas da União Europeia.
Roberts afirma que, embora a oposição portuguesa esteja apoiando a proposta de ajuda financeira, muitos cidadãos do país se mostram frontalmente contrários ao pacote, principalmente devido às medidas de austeridade que deverão ser adotadas.
BAIXO CRESCIMENTO
Os problemas de Portugal são diferentes dos de Grécia e Irlanda, dois outros países que receberam ajuda financeira. Os fracos índices de crescimento e a baixa produtividade mostram que Portugal tem encontrado dificuldades para aumentar a arrecadação para financiar os gastos públicos.
Na semana passada, uma previsão do FMI apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) português deverá encolher em 2011 e 2012.
Quando estourou a crise dos bancos, Portugal se viu enfrentando os mesmos altos custos da dívida encarados por outros países, e finalmente admitiu que não conseguiria obter o dinheiro que necessitava junto ao setor financeiro.
Por outro lado, a Irlanda teve uma crise muito mais grave no setor bancário, em grande parte devido ao estouro de uma "bolha" imobiliária. Já a Grécia entrou em um ciclo de gastos descontrolados, sem encontrar maneiras para o setor público financiá-los.
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