Publicidade
Publicidade
Briga por fronteiras pode gerar conflito, diz ditador do Sudão
DA BBC BRASIL
O ditador do Sudão, Omar al Bashir, disse neste domingo à BBC que não está descartada a possibilidade de conflitos armados com o seu mais novo vizinho, o Sudão do Sul, por conta de regiões de fronteira reivindicadas pelos dois países.
Bashir --cuja prisão é requerida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), que o acusa de crimes de guerra em Darfur-- disse que o Sudão "não vai lutar a não ser que seja forçado a tal", mas alegou que a região fronteiriça de Abyei é parte de seu país, e não do Sudão do Sul.
Conflitos recentes em Abyei e em outras áreas de divisa, que são ricas em petróleo, deixaram milhares de mortos e refugiados e quase ameaçaram o processo de paz entre Sudão e Sudão do Sul. E as escaramuças continuam.
No último sábado, o Sudão do Sul declarou sua independência, tornando-se o país mais novo do mundo. Mas a nação enfrenta enormes desafios: além de seus altos índices de pobreza, ainda tem de definir o traçado de sua fronteira com o vizinho do norte, o Sudão, bem como a partilha de sua dívida e dos lucros obtidos com o petróleo.
Bashir, que saudou a independência sulista na cerimônia de sábado, declarou neste domingo ao programa Hardtalk que, "no passado, fomos (em referência ao Sudão) forçados a lutar quando (líderes do Sul) tentaram impor uma nova realidade" em Abyei e que a repetição disso poderia levar a novos confrontos armados.
Os dois lados lutaram durante décadas, em guerras que deixaram estimados 1,5 milhão de mortos.
RECONHECIMENTO
O Sudão do Sul nasceu com festas no último sábado. Milhares de pessoas foram às ruas celebrar a independência do país, após um acordo de paz em 2005 e um referendo em janeiro, em que a maioria votou pela separação em relação ao norte.
O Itamaraty divulgou comunicados em que anunciou formalmente o estabelecimento de relações diplomáticas com o Sudão do Sul.
"O governo brasileiro reitera sua disposição em cooperar com a República do Sudão do Sul e de contribuir para seu desenvolvimento social e econômico sustentável", disse em nota a Chancelaria brasileira.
Outros países também reconheceram a soberania da nova nação.
O presidente americano, Barack Obama, disse em comunicado que "o mapa do mundo foi redesenhado", citou o "sangue derramado e as lágrimas choradas" no Sudão, mas também "as esperanças que foram cumpridas por tantos milhões de pessoas".
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias sobre Sudão do Sul
- Primeiro líder do Sudão do Sul quer construir paz com rival do Norte
- Ditador do Sudão diz que êxito do Sul contribui para o Norte
- EUA reconhecem independência do Sudão do Sul
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice