O bufão que um sistema eleitoral exótico instalou na Casa Branca não consegue conter seus impulsos histriônicos. O primeiro do ano: tuitar que o botão nuclear dele é maior e mais potente do que o do ditador norte-coreano Kim Jong-un.

Seria apenas ridículo, não estivessem tratando, um e o outro, de armas nucleares.

O pior é que as histrionices de Trump foram normalizadas, como se costuma dizer hoje em dia, para designar absurdos que são aceitos como coisas normais.

Os jornais registram a fala de Trump como se fosse uma reação natural.

O próximo lance dessa troca de desafios será Trump, machista empedernido, dizer que seu pênis é maior do que o de Kim. Deve achar que, com isso, desmoralizaria de vez o oponente e o mundo não precisaria passar pelo teste do botão.

Aliás, quando vi a caricatura de Trump com o dedo do meio erguido, na sempre divertida coluna de Reinaldo Figueiredo, achei que ele já estava se antecipando ao próximo duelo entre duas figuras caricatas.

É bom que se divirtam com os tamanhos de seus botões, desde que se esqueçam de apertá-los.