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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Domingo sem clássico é pecado mortal e faz o assunto da segunda ser outro

Domingo sem clássico é pecado mortal. O risco de a Federação Paulista marcar os jogos tradicionais para as quartas e os sábados é o assunto da segunda-feira ser outro.

A pesquisa Datafolha mostrou que torcedores não sabem citar três jogadores de seus clubes. Mas todo mundo é capaz de citar Messi, Neymar e Suárez do Barcelona, Benzema, Bale e Cristiano Ronaldo do Real Madrid, é mais grave se a conversa da mesa de boteco na segunda-feira não for o clássico paulista.

O Corinthians venceu o Santos no sábado à noite. Ficou longe. Também ficou longe a vitória do Barcelona sobre o Celta, sábado à tarde. Só que o Barça tem uma mudança tática importante de ser espalhada. Não seria se o assunto do dia fosse o clássico de ontem.

Mas não teve clássico...

Então, explica-se aqui a novidade de Luis Enrique. Pela importância do assunto e como protesto contra os domingos vazios, sem clássicos paulistas.

O Barcelona tem de virar a derrota por 4 a 0 para o Paris Saint-Germain e, nas duas últimas semanas, trabalhou num modelo tático diferente de tudo. Quando ataca, é um 3-4-3.

Os zagueiros Piqué e Umtiti juntam-se ao lateral Alba —na semana passada foi Mathieu. Rafinha abre pela direita como ala e Sergi Roberto, em tese o lateral, atua como volante, ao lado de Busquets.

Mais à esquerda, o meia Rakitic. Messi joga por dentro. Se olhar pela segunda vez, atentamente, você verá 3-3-3-1 (veja abaixo).

Se você disser que este festival de números não é um nome de sistema tático, poderá ler que Javier Clemente tratava assim a maneira como escalava a Espanha na Copa de 1998, eliminada na fase de grupos.

Marcelo Bielsa fazia diferente. Muitas vezes 3-3-1-3. O meia ligava três atacantes.

Não é assim no novo Barcelona, porque Messi joga por dentro, como meia. Diria demasiadamente pelo centro, se não estivesse destruindo marcadores, como fez contra o Celta, no sábado à tarde.

Quando o Barcelona perde a bola, como sempre fez, agride. Em vez de recuar, avança. Se não consegue recuperar nos primeiros dez segundos e se necessita recuar, Sergi Roberto rapidamente recompõe uma linha de quatro homens na defesa. Neymar volta pelo lado esquerdo.

Por vezes, o histórico 4-3-3 do Barça transforma-se em 4-4-2, com Neymar na linha dos três meio-campistas, Rafinha, Busquets e Rakitic. Neymar recuar mais do que Messi e Suárez explica por que o brasileiro tem menos gols do que o argentino e o uruguaio. Seu trabalho tático no Barcelona aumentou, em comparação com suas três primeiras temporadas.

O novo Barcelona tem a virtude de tentar surpreender. Tem o defeito do cobertor curto. A maneira como Sergi Roberto recua rapidamente para cobrir a lateral direita, em sua função dupla como meio-campista, indica que o Paris Saint-Germain pode fazer a festa daquele lado, especialmente se contar com Di Maria, resguardado contra o Nancy pelo Campeonato Francês, por estar em fase final de recuperação.

Já falamos aqui de Campeonato Espanhol, Francês, Liga dos Campeões...

Bom, o São Paulo jogou ontem, contra o Santo André.

Crédito:

O CORINTHIANS

Jádson entrou bem pelo lado direito do meio de campo, Jô é o artilheiro dos clássicos do Corinthians, mas a grande novidade é o sucesso de Arana. Há três anos, Mano Menezes estava no Corinthians e dizia que ele em breve seria titular. Acertou em cheio.

AI, A DEFESA...

Sempre um volante só à frente dos zagueiros. Não se trata de escalar dois brucutus, mas de organizar melhor a proteção à defesa. É este o desafio do São Paulo, no bom início de carreira de Rogério Ceni. A equipe cria, mas sempre sofre gol. Incrível!

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