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Ex-comandado de Van Marwijk, Tinga dá dicas sobre o técnico da Holanda
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NELSON BARROS NETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois da conquista da Taça Libertadores-2006 pelo Inter, o volante Tinga se transferiu para o Borussia Dortmund, da Alemanha. Lá, ficou até o último mês de maio, quando acertou o retorno para o clube gaúcho.
No Borussia, conheceu Bert van Marwijk, então técnico do time e hoje à frente da seleção da Holanda
Martin Meissner/AP |
Tinga no Borussia, antes de voltar |
"Acho que, em toda a minha carreira, o treinador [com quem atuei] que mais trabalhos diferenciados tinha era ele", disse o jogador de 32 anos, que também é só elogios ao adversário brasileiro desta sexta-feira, em Port Elizabeth, pelas quartas de final da Copa-2010.
Segundo Tinga, os holandeses usam como poucos o esquema da moda do futebol mundial: "É o 4-2-3-1, que muita gente acha que é 4-3-3, mas não é, porque o pessoal do lado vem marcar muito".
Ele explica as razões do 'algo a mais' laranja: "Vejo as equipes jogando assim, mas sem as peças adequadas. A Holanda, pelo que eu vi, é a que tem os melhores jogadores para esse esquema, já que tem jogadores de lado que são muito bons no 'um para um', no individual. Tem o Robben, que todos sabem o jeito que gosta de jogar, do lado contrário vindo para dentro até chutar a gol. O Van Marwijck arma a equipe assim, e de outras maneiras também. No Borussia, não utilizamos tanto porque não tínhamos os atletas adequados... mas a Holanda tem".
Tinga acrescenta que o comandante "tinha um tratamento normal com o grupo, extremamente profissional, respeitando todo mundo". E completa, com a experiência de ter participado de duas das 59 partidas da Era Dunga, em amistosos no final de 2006 [contra a Suíça] e no início de 2007 [frente a Portugal]: "Para mim, foi muito importante ter trabalhado com ele porque aprendi demais. Ele gostava muito da gente, principalmente dos brasileiros, estava sempre brincando com o pessoal".
Currículo
Van Marwijk, 58, assumiu a Holanda após a Eurocopa de 2008, quando o país foi eliminado para a Rússia nas quartas de final, depois de golear Itália e França na primeira fase. Técnico na campanha, o ex-atacante Van Basten já havia aceitado convite do Ajax.
Jogador de pouca expressão no futebol doméstico, desde a década de 90 dirigiu cinco clubes locais, além do Dortmund alemão. Seu único título expressivo aconteceu na Copa da Uefa [atual Liga Europa] de 2002, com o Feyenoord.
Na quinta-feira, véspera do confronto na África do Sul, disparou: "O Brasil possui os melhores jogadores, mas não se trata, no entanto, do melhor time. Não trocaria Wesley Sneijder nem Arjen Robben por Kaká ou Robinho". A bola rola às 11h (de Brasília).
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