Publicidade
Publicidade

COI abre investigação sobre caso de mentira dos nadadores americanos

O Comitê Olímpico Internacional decidiu abrir uma investigação sobre o caso dos nadadores americanos que mentiram sobre um assalto no Rio de Janeiro.

A entidade criou uma comissão disciplinar para cuidar do episódio e discutir se há necessidade de punição para os quatro atletas - Gunnar Bentz, Jack Conger, Jimmy Feigen e Ryan Lochte, que é o dono de seis medalhas olímpicas de ouro.

Getty Images
Ryan Lochte, pivô do episódio envolvendo nadadores que mentiram sobre assalto
Ryan Lochte, pivô do episódio envolvendo nadadores que mentiram sobre assalto

Nesta manhã, o porta voz do comitê internacional havia dito que este era um assunto encerrado.

O Rio-2016 aceitou o pedido de desculpas dos nadadores e da delegação dos EUA e disse que a vergonha pública pela qual passaram é a maior punição.

O comitê americano foi procurado, mas não respondeu à reportagem.

A investigação do COI não tem prazo. As penas podem variar entre multas, advertências, indo até a perda de medalhas, em uma situação mais grave.

ENTENDA O CASO

A polêmica envolvendo quatro nadadores dos EUA começou no domingo, quando Ryan Lochte, 32, afirmou ter sido assaltado na madrugada , no Rio de Janeiro, quando voltava à Vila Olímpica depois de sair de uma casa temática da França na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Ele estava acompanhado por outros três nadadores: Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen.

Nesta quarta (17), a Justiça do Rio entendeu que havia divergências nos relatos dos atletas e determinou a apreensão dos passaportes dos nadadores norte-americanos Ryan Lochte e Jimmy Feigen. Com a medida, eles estariam impedidos de sair do Brasil. Lochte, porém, já havia deixado o país 24h antes do impedimento da Justiça.

A Polícia Federal, então, impediu o embarque de dois nadadores americanos, Gunnar Bentz e Jack Conger, em um voo com destino aos Estados Unidos. Eles foram impedidos de deixar o Brasil até prestarem esclarecimentos à Polícia Civil sobre o suposto assalto.

Os atletas ficaram detidos por quatro horas e optaram por não depor —só depuseram na tarde desta quinta (18).

A Folha esteve no posto de gasolina em que os atletas disseram ter sido assaltados e entrevistou o dono do estabelecimento, que pediu para não ser identificado. Ele afirma que os americanos "não entraram no banheiro. Começaram a urinar no jardim e na parede na lateral da loja".

Câmeras de segurança do posto gravaram o ocorrido. As imagens foram exibidas pela TV Globo.

Veja

"Nenhuma imagem mostra atos de violência contra os atletas que justifique qualquer problema" disse o chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Fernando Veloso. Ele afirmou também que a polícia apura os relatos de depredação por parte de Lochte.

Os policiais concluíram que os atletas se envolveram em uma briga quando retornavam à Vila Olímpica e que não houve um assalto.

O nadador James Feigen fez acordo com a Justiça do Rio para pagar R$ 35 mil de multa pelo episódio.

O comitê olímpico dos EUA e Ryan Lochte pediram desculpas ao Brasil.

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade