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20/12/2009 - 12h27

Análise: México é próxima parada na negociação da ONU sobre clima

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ALISTER DOYLE
da Reuters, em Copenhague

O mundo achará difícil retomar no México, em 2010, as negociações climáticas lideradas pelas Nações Unidas depois de um acordo nada ambicioso ser assinado em Copenhague, sem prazo para um tratado legal e vinculante entre os países.

O México vai receber as próximas negociações ministeriais no âmbito da ONU (Organização das Nações Unidas), entre 29 de novembro e 10 de dezembro de 2010, para incrementar o Acordo de Copenhague, que busca limitar o aumento das temperaturas a não mais que 2ºC em relação às registradas nos tempos pré-industriais. Mas não diz como chegar a essa meta.

Por meses, as Nações Unidas insistiram que as negociações de Copenhague, culminando na cúpula com 120 líderes mundiais na sexta-feira, tinham de ser um "ponto de virada" na desaceleração das mudanças climáticas, com compromissos entre os países para redução das emissões de gases do efeito estufa.

No sábado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reconheceu que o acordo --liderado por Estados Unidos e China e que não fala em compromissos nacionais-- ficou abaixo das expectativas, mas é um "importante começo."

Uma mudança para o México, um país no meio do caminho entre os ricos e os pobres, pode ajudar as negociações que quase fracassaram em meio a alegações de Sudão e Venezuela de que a anfitriã Dinamarca estava inclinada em favor dos interesses dos ricos. O México "pode ser muito melhor. para preencher essa difícil tarefa de construir pontes," disse Kim Carstensen, chefe da iniciativa climática global do grupo ambiental WWF.

Documentos da ONU assinados em Copenhague dizem que os resultados de grupos chaves de trabalho serão usados "por adoção" ao México - embora não incluam as exigências de muitos países de que os textos deveriam ser "um tratado legalmente vinculante." Muitos países querem que a reunião do México avance no debate.

"Existe um risco muito grande de que tenhamos perdido o impulso," afirmou um importante delegado sobre a luta contra as emissões, que causam ciclones mais poderosos, extinguem espécies, causam secas e deslizamentos e aumentam os níveis dos oceanos.

Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou o acordo, originalmente negociado com a China e outras economias emergentes, como sendo um passo histórico e prometeu a aumentar "o impulso que estabelecemos em Copenhague." China e EUA são os principais emissores de gases causadores do efeito estufa. Até agora a agenda dos dois não reflete urgência no assunto.

A próxima reunião da ONU sobre o clima será uma sessão semestral entre autoridades na cidade alemã de Bonn, de maio 31 a 11 de junho próximos. Por comparação, em 2009, foram três rodadas de negociação em Bonn e outras sessões em Bancoc e em Barcelona, antes de Copenhague.

Fora o reconhecimento do teto de 2ºC, a decisão do sábado deu apoio a uma "meta" de um fundo de US$ 100 bilhões anuais até 2020 para ajudar os países pobres a combater as mudanças climáticas, com um rápido início de US$ 10 bilhões entre 2010 e 2012.

O acordo não foi formalmente adotado por todos os países devido à oposição de alguns emergentes que consideram que ele ignora as real necessidades dos pobres.

Alguns analistas afirmam que um acordo EUA e China pode melhorar a perspectiva de ação do Senado dos EUA para limitar as emissões de carbono em 2010. Os EUA são o único país industrializado sem restrição nas emissões.

Um problema para Copenhague foi a falta de outros prazos. O primeiro período do Protocolo de Kyoto, que vincula todos os países exceto pelos EUA a cortar emissões, vale até 31 de dezembro de 2012. Copenhague não produziu muitas promessas, mas todos os principais países estabeleceram metas de emissões para 2020 desde que as negociações foram iniciadas em Bali, na Indonésia, em 2007. Muitos desses objetivos eram faixas de previsão de corte das emissões, que dependiam de um acordo forte em Copenhague.

Sob o Acordo de Copenhague, o primeiro prazo para submissão dos planos às Nações Unidas para conter as emissões é 31 de janeiro de 2010.

Comentários dos leitores
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
A respeito de fundo para ajudar países pobres. É de se crer se derem condições de moradias dignas as pessoas já estarão ajudando em muito a preservação, principalmentese derem meios de susbsistencia, que possam usar combustível menos poluente e ou fonte renovavel (uso para queima, fogão, pobres de verdade de paises pobres não tem carro particular), geralmente recebem, se é quere cebem, são tratados pior que "muitas espécies de animais". O que pode preocupar é que 100 bilhões, é um bom dinheiro, mas que pode ser pouco se cair na mão de políticos, oportunistas, e picaretas de plantão existentes no mundo afora, pode virar mais muita fumaça, demagogia, mais contas e impostos para o trabalhador pagar..... Solução apenas para encher o bolso de meia dúzia, certamente já deve ter super poderosos preparados para embolsar a grana, papo de ajuda, filantropia, projetos... É preciso zelo, honestidade... 2 opiniões
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eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
Fazer dinheiro sem dinheiro e de quebra, enforcar a juros altos uma nação e suas riquezas naturais.
Os bancos produzem 1 trilhão em papel impresso em cima de papel emitido pelo governo, ficam com 10% logo de início, 100 bilhões, pegam essa porcaria que não existe e passa à frente resgatando em troca as riquezas naturais.
Um bando de safados colocou em risco a vida toda de um planeta por um papel impresso combinado com inteligência e falta de caráter.
9 opiniões
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Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
oi, caros leitores, toda vez que os gls, publicam essas falsas teorias, o que já foi provado pelo climagate, me vejo com a burrice atinge a todos, vejo hoje os ambientalistas, como foi na alemanha da segunda guerra, para não ofender, ou como os comunistas, a amazonia, é o futuro da agricultura e da pecuária, tem um indice de produtividade enorme, uma pecuária de ponta, e para nós obras nada, financiamento nada, por culpa do meio ambiente, a burocracia que nos obrigam, tudo isto é para entregar a amazonia aos gls americanos, ou seus exercitos, hoje não adianta ser homem, é melhor ser gls, e gritar na frente do palácio do planalto para proteger a floresta, mas fomos incentivados a vir aqui a produzir aqui, antes eramos pioneiros hoje somos bandidos, uma vergonha, a amazonia, precisa ser ocupada com urgencia, e ter ainda um limite de + 20% a ser desmatado, para que se configure como território nacional e se de condição de vida aos seus moradores, infelizmente a minoria vence, com berros e a força do dinheiro gls ianque, muito obrigado 6 opiniões
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