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13/11/2002
-
19h15
"Ao contrário do que se diz, o presidente da República não tem pensão, e não tenho a de senador também, porque eu abri mão. A única que eu tenho é a de professor da USP, que é insuficiente para eu viver", disse.
"Como é que eu vou viver então? Eu vou aceitar uma ou outra indicação de universidade fora do Brasil por períodos curtos, farei conferências pela Europa e pelos Estados Unidos e trabalharei no meu instituto", completou.
O presidente afirmou que vai organizar um instituto que se "concentrará em duas áreas: análise da globalização e políticas públicas, as do Brasil e as de outros países".
ONU
Fernando Henrique comentou, durante a entrevista na cidade britânica de Oxford, que o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, o convidou para ser consultor especial do organismo.
"Isso é uma missão que eu posso cumprir eventualmente, não é um trabalho que me ocupa todo o tempo, nem eu preciso me mudar para Nova York", disse.
"Eu vou organizar um instituto para onde vou doar o meu arquivo, a minha biblioteca, juntar alguns recursos, criar uma fundação e depois destinar tudo isso à Universidade de São Paulo."
Ele reafirmou que não vai se candidatar mais a cargos políticos. "Já reiterei, mas as pessoas não acreditam e insistem, insistem. Não quero mais ter posições políticas eleitorais, nao serei mais candidato a nada no Brasil."
"Isso por duas razões fundamentais: primeiro porque eu já fui, já fui duas vezes, seria repetitivo, cansativo para mim e para todo o mundo; segundo, para ser presidente do Brasil você precisa ter muita energia física e intelectual. Eu tenho, mas não sei se daqui a anos ainda terei."
O presidente, de 71 anos, disse, porém, que vai sempre ter "posições públicas sobre as grandes questões nacionais e internacionais".
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FHC diz que não sobreviveria só com pensão da USP
O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou, em entrevista à BBC Brasil, que, quando deixar o cargo, não vai conseguir viver só com a aposentadoria de professor da USP (Universidade de São Paulo)."Ao contrário do que se diz, o presidente da República não tem pensão, e não tenho a de senador também, porque eu abri mão. A única que eu tenho é a de professor da USP, que é insuficiente para eu viver", disse.
"Como é que eu vou viver então? Eu vou aceitar uma ou outra indicação de universidade fora do Brasil por períodos curtos, farei conferências pela Europa e pelos Estados Unidos e trabalharei no meu instituto", completou.
O presidente afirmou que vai organizar um instituto que se "concentrará em duas áreas: análise da globalização e políticas públicas, as do Brasil e as de outros países".
ONU
Fernando Henrique comentou, durante a entrevista na cidade britânica de Oxford, que o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, o convidou para ser consultor especial do organismo.
"Isso é uma missão que eu posso cumprir eventualmente, não é um trabalho que me ocupa todo o tempo, nem eu preciso me mudar para Nova York", disse.
"Eu vou organizar um instituto para onde vou doar o meu arquivo, a minha biblioteca, juntar alguns recursos, criar uma fundação e depois destinar tudo isso à Universidade de São Paulo."
Ele reafirmou que não vai se candidatar mais a cargos políticos. "Já reiterei, mas as pessoas não acreditam e insistem, insistem. Não quero mais ter posições políticas eleitorais, nao serei mais candidato a nada no Brasil."
"Isso por duas razões fundamentais: primeiro porque eu já fui, já fui duas vezes, seria repetitivo, cansativo para mim e para todo o mundo; segundo, para ser presidente do Brasil você precisa ter muita energia física e intelectual. Eu tenho, mas não sei se daqui a anos ainda terei."
O presidente, de 71 anos, disse, porém, que vai sempre ter "posições públicas sobre as grandes questões nacionais e internacionais".
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