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07/08/2007 - 04h05

Político de oposição é eleito presidente do Senado japonês

da BBC Brasil

Pela primeira vez em mais de 50 anos, um político de fora do Partido Liberal Democrata foi eleito presidente do Senado japonês.

Satsuki Eda, do Partido Democrata do Japão, foi eleito nesta terça-feira, por unanimidade, menos de dez dias depois de o Partido Liberal Democrata, do primeiro-ministro Shinzo Abe, ter sido derrotado nas eleições para o Senado.

Esta será a primeira vez que o Senado japonês vai ser liderado por um político de oposição.

"A constituição do Senado mudou drasticamente depois das eleições, e nós estamos vivendo uma situação política inédita", disse Eda. "Eu acho que a expectativa dos eleitores para o Senado é extremamente alta."

Apesar da derrota de seu partido nas eleições, o primeiro-ministro japonês tem resistido a pedidos para que renuncie --uma pesquisa de opinião divulgada na semana passada pelo jornal Asahi indicava que 47% dos japoneses querem a renúncia de Abe.

Nos últimos meses, vários ministros japoneses tiveram seus nomes envolvidos em escândalos, o que, segundo analistas, foi decisivo para a derrota do partido governista nas eleições para o Senado, realizadas em 29 de julho.

O último deles foi o ministro da Agricultura, Norihiko Akagi, que estava envolvido em acusações de irregularidades financeiras e renunciou na semana passada, três dias depois das eleições.

Akagi havia assumido a pasta há apenas dois meses, em substituição a Toshikatsu Matsuoka, que também estava envolvido em escândalos políticos e cometeu suicídio no final de maio.

Outros dois ministros renunciaram nos últimos meses, o que levou muitos eleitores a questionarem a liderança de Abe.

Nas eleições do final de julho, a coalizão liderada pelo Partido Liberal Democrata não conseguiu os 64 assentos que precisava para garantir a maioria no Senado.

O Partido Democrata do Japão, da oposição, foi o grande vencedor, conseguindo a maioria das cadeiras pela primeira vez na história.

A coalizão do partido do premiê, no entanto, continua com considerável maioria na Câmara, responsável pela escolha do primeiro-ministro.

Mas a derrota no Senado significa que o governo enfrentará grandes dificuldades para aprovar reformas.

Depois do resultado do pleito, o premiê prometeu fazer mudanças em seu gabinete.

 

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