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01/02/2008 - 23h08

Análise: "Efeito Billary" pode prejudicar campanha de Hillary

da BBC Brasil

Bill Clinton deveria ser uma grande vantagem na campanha de Hillary para conseguir a vaga do Partido Democrata na disputa pela presidência dos Estados Unidos, mas, com o passar da campanha, o ex-presidente pode estar se transformando em um risco.

Em 2007 a senadora por Nova York convocou seu carismático marido para participar da campanha e conseguir mais apoio para sua candidatura.

E, algumas vezes, Bill Clinton até foi mais agressivo que Hillary, como na Carolina do Sul, na semana passada, quando o ex-presidente fez o discurso no lugar dela depois da derrota de Hillary para Barack Obama em Illinois.

Foi naquele Estado que o então governador do Arkansas venceu durante sua própria campanha para a presidência, em 1992. E, na época, Bill Clinton alegou que, se ele fosse eleito, os americanos iriam levar "dois pelo preço de um".

Com sua esposa Hillary, a advogada inteligente, os Clintons eram um casal poderoso. Mas, já naquela época e também nos dias atuais, o lema de "dois por um" não convence a todos.

Charme

No início da campanha de Hillary, o charme de Bill Clinton agradava a todos. Um artigo do jornal "Washington Post" na época afirmava que "mesmo com a campanha positiva de seu marido lembrando os democratas porque eles gostavam dele, Hillary aparecia com sua individualidade".

Mas, logo o "efeito Billary" começou a desandar. Bill começou a ofuscar Hillary em várias ocasiões. E ficou com "fama de mau", atraindo comentários desfavoráveis a respeito de seus olhos arregalados e veias saltadas quando respondia irritado às questões da imprensa durante a campanha.

Hillary também passava a imagem de estar usando o marido para desviar as críticas ou evitar respostas para questões mais difíceis. Segundo seus críticos, simplesmente havia um candidato a mais no palco.

Durante um debate na Carolina do Sul, antes da primária estadual, quando Obama reclamou dos ataques de Bill Clinton contra ele, Hillary respondeu rápido: "Eu estou aqui. Ele não está.".

Mas, Obama também foi rápido na resposta: "Às vezes não consigo distinguir contra quem estou concorrendo".

"Os Clintons perceberam que Barack Obama era um desafio muito grande e sentiram que deveriam fazer de tudo para tentar bloqueá-lo, eles fizeram demais", afirmou Jim Barnes, um articulista político do jornal não-partidário "National Journal".

Dinastias

Qualquer um que tivesse boas memórias da prosperidade dos anos 90 também foi lembrado da Presidência marcada por escândalos de Bill Clinton, e Hillary sentiu o impacto negativo do legado de seu marido.

Os que esperam por mudanças também temem que estejam apenas ganhando uma versão mais atualizada do velho governo Clinton, enquanto Hillary fazia seu discurso depois de sua vitória nas primárias de Iowa.

No palco, além de seu marido Bill e da filha Chelsea, também estavam a ex-secretária de Estado do governo Clinton Madeleine Albright e o general da reserva do Exército americano e ex-comandante da Otan Wesley Clark, que comandou as operações da aliança no Kosovo durante o mandato de Bill Clinton.

No debate de quinta-feira, Hillary tentou argumentar que votar nela não seria "mais do mesmo".

E, atualmente são 20 anos de presidência para as famílias Clinton e Bush, o que aumenta nos Estados Unidos os temores da formação de novas dinastias do poder.

A família Bush está na Casa Branca até há mais tempo, se a contagem começar a partir do dia em que George Bush pai se tornou o vice-presidente em 1981.

"Foi preciso um Clinton para fazer a limpeza depois do primeiro Bush, poderá ser preciso um outro Clinton para limpar tudo depois do segundo Bush", disse Hillary quando questionada sobre dinastias políticas.

"Efeito Billary"

Hillary ainda lidera as pesquisas para a nomeação democrata, mas Obama está se aproximando e a diferença está em apenas seis pontos.

Parte disso pode ter ocorrido devido ao impacto negativo do "efeito Billary", principalmente depois que Ted e Caroline Kennedy resolveram apoiar Obama.

Mas, no período que antecede a Superterça, quando 22 Estados vão realizar suas primárias, o que pode levar à conquista de mais de 1,6 mil delegados para o seu lado, Hillary precisará fazer o controle de danos se quiser manter a liderança e conseguir resultados.

"Se a senadora Clinton for capaz de fazer com que os votantes se concentrem nela e não em seu marido, ela terá a chance de conseguir bons resultados na Superterça. Ela não pode confiar apenas nele (Bill Clinton) para ajudá-la a vencer esta eleição", disse Jim Barnes.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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