Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/03/2008 - 09h17

Chávez adverte contra ação anti-Farc na Venezuela

da BBC Brasil

Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Equador, Rafael Correa, criticaram a operação militar colombiana que resultou na morte de um dos líderes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). O fato ocorreu, como foi revelado depois, do lado equatoriano da fronteira.

O porta-voz das Farc, Raúl Reyes, considerado o número 2 da guerrilha, morreu ao lado de ao menos outros 16 guerrilheiros após o Exército colombiano bombardear uma área onde eles se encontravam.

O Equador protestou contra a incursão colombiana e convocou de volta a Quito o seu embaixador em Bogotá. Chávez, por sua vez, advertiu a Colômbia de que uma operação semelhante contra as Farc dentro da Venezuela poderia provocar uma guerra entre os países.

"Não pense em fazer isso aqui, porque isso poderia ser sério, poderia ser razão para uma guerra", advertiu Chávez durante uma reunião de gabinete transmitida pela TV no sábado (1º).

Chávez tem negociado com as Farc a libertação de reféns mantidos pela guerrilha. Desde o início do ano, seis reféns importantes já foram libertados, entre os mais de 40 que a guerrilha considera passíveis de uma troca por guerrilheiros presos com o governo colombiano.

Esclarecimentos

O presidente do Equador, Rafael Correa, disse inicialmente que queria esclarecimentos sobre a ação militar colombiana, sobre a qual foi informado em um telefonema pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.

O mandatário colombiano agradeceu ao Equador por sua "cooperação" e disse que "o terrorismo não respeita fronteiras".

Posteriormente, Correa disse que o Equador enviará uma nota diplomática de protesto sobre "as ações escandalosas que são uma agressão ao nosso território". "O presidente colombiano ou estava mal informado ou mentiu audaciosamente ao presidente do Equador", disse Correa.

"Maior golpe"

A morte de Raúl Reyes foi classificada pelo ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, como "o maior golpe até hoje contra as Farc".

Reyes foi morto em um ataque aéreo seguido de uma operação por terra, segundo Santos. Os guerrilheiros estavam em um acampamento a cerca de 1,8 km da fronteira com a Colômbia, dentro do território equatoriano, quando ocorreu a ação, disse o ministro.

Reyes, de 59 anos, é o primeiro dos sete membros do secretariado das Farc a ser morto em combate nos 44 anos de história do grupo.

Segundo o correspondente da BBC na Colômbia Jeremy McDermott, a morte de uma figura tão importante da guerrilha significa que a aura de invencibilidade do grupo evaporou.

A derrota militar das Farc tem sido um dos objetivos do governo de Uribe desde que ele chegou à Presidência em seu primeiro mandato, em 2002.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página