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17/02/2005
-
11h23
da BBC Brasil
O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, colocou em dúvida nesta quinta-feira a viabilidade de uma "saída diplomática" para o caso do engenheiro brasileiro João José de Vasconcellos Júnior, 49, seqüestrado no Iraque há cerca de um mês.
"Não se pode falar em uma saída diplomática porque nós não estamos lidando com um governo, estamos lidando com um movimento, não sabemos bem nem a natureza do que foi", disse Amorim em entrevista exclusiva à BBC Brasil, por telefone de Amã, na Jordânia.
Amorim disse que o governo e a construtora Norberto Odebrecht, empresa para a qual Vasconcellos Jr. trabalhava no Iraque, estão agindo "em todas as linhas".
"Tanto a linha diplomática, em contato com países da região e com outros países que passaram por experiências semelhantes, [quanto] outro tipo de contato, que está sendo desenvolvido naturalmente pela própria empresa, sempre em total transparência e comunicação conosco", afirmou.
O ministro disse também que as informações sobre o caso continuam "pouco claras".
"As informações às vezes chegam até nós, mas até hoje essas informações não ficaram claras, não tiveram a confirmação necessária", afirmou Amorim.
Síria
O ministro Celso Amorim deu início nesta quinta-feira, na Jordânia, a um giro por vários países do Oriente Médio.
A visita inclui, entre outros, o território palestino, a Arábia Saudita e a Síria.
A viagem, segundo o Itamaraty, tem por objetivo aprofundar contatos, identificar oportunidades de cooperação, além de dar continuidade aos preparativos da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América do Sul e dos Países Árabes.
A viagem à Síria acontece em meio a uma nova pressão diplomática sofrida pelo país por parte do governo americano e outros setores da comunidade internacional por conta da manutenção de tropas sírias no Líbano.
Amorim disse que essa é uma questão "que os libaneses têm que resolver" e não é uma situação para que haja uma "exigência externa".
O ministro afirmou, no entanto, que "a médio prazo" o Brasil gostaria que isso ocorresse (a saída das tropas sírias do Líbano).
"Agora, para que que isso ocorra, também é preciso que haja uma evolução positiva no contexto geral do Oriente Médio", afirmou.
Amorim disse que um dos objetivos dessa viagem é fazer com que o Brasil esteja mais próximo das questões do Oriente Médio e possa eventualmente contribuir para o processo de paz.
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Amorim nega que há "saída diplomática" para seqüestro de brasileiro
MÁRCIA FREITASda BBC Brasil
O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, colocou em dúvida nesta quinta-feira a viabilidade de uma "saída diplomática" para o caso do engenheiro brasileiro João José de Vasconcellos Júnior, 49, seqüestrado no Iraque há cerca de um mês.
"Não se pode falar em uma saída diplomática porque nós não estamos lidando com um governo, estamos lidando com um movimento, não sabemos bem nem a natureza do que foi", disse Amorim em entrevista exclusiva à BBC Brasil, por telefone de Amã, na Jordânia.
Amorim disse que o governo e a construtora Norberto Odebrecht, empresa para a qual Vasconcellos Jr. trabalhava no Iraque, estão agindo "em todas as linhas".
"Tanto a linha diplomática, em contato com países da região e com outros países que passaram por experiências semelhantes, [quanto] outro tipo de contato, que está sendo desenvolvido naturalmente pela própria empresa, sempre em total transparência e comunicação conosco", afirmou.
O ministro disse também que as informações sobre o caso continuam "pouco claras".
"As informações às vezes chegam até nós, mas até hoje essas informações não ficaram claras, não tiveram a confirmação necessária", afirmou Amorim.
Síria
O ministro Celso Amorim deu início nesta quinta-feira, na Jordânia, a um giro por vários países do Oriente Médio.
A visita inclui, entre outros, o território palestino, a Arábia Saudita e a Síria.
A viagem, segundo o Itamaraty, tem por objetivo aprofundar contatos, identificar oportunidades de cooperação, além de dar continuidade aos preparativos da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América do Sul e dos Países Árabes.
A viagem à Síria acontece em meio a uma nova pressão diplomática sofrida pelo país por parte do governo americano e outros setores da comunidade internacional por conta da manutenção de tropas sírias no Líbano.
Amorim disse que essa é uma questão "que os libaneses têm que resolver" e não é uma situação para que haja uma "exigência externa".
O ministro afirmou, no entanto, que "a médio prazo" o Brasil gostaria que isso ocorresse (a saída das tropas sírias do Líbano).
"Agora, para que que isso ocorra, também é preciso que haja uma evolução positiva no contexto geral do Oriente Médio", afirmou.
Amorim disse que um dos objetivos dessa viagem é fazer com que o Brasil esteja mais próximo das questões do Oriente Médio e possa eventualmente contribuir para o processo de paz.
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