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10/06/2005
-
16h04
da BBC Brasil, em La Paz
Apesar de o cotidiano na Bolívia estar dando sinais de que caminha, aos poucos, para a normalidade, as estradas do país continuam bloqueadas --o que prejudica a distribuição de combustíveis e os transportes públicos.
Mas, num sinal claro das mudanças nas últimas 24 horas, o bloqueio nas estradas ocorre sem a presença dos manifestantes.
"Estamos esperando a confirmação de que eles realmente suspenderam o protesto para que as prefeituras comecem o trabalho de limpeza e desbloqueio das estradas, ocupadas com pedregulhos e árvores", disse Mauricio Navarro, vice-ministro do transporte do governo que deixa o poder, de Carlos Mesa.
Ao mesmo tempo, os aeroportos voltaram a funcionar normalmente, mas os passageiros ainda têm dificuldades para chegar aos locais, já que as estradas continuam interditadas.
Caminhoneiros e taxistas
"Estamos com as reservas cheias de gás, mas falta botijão de gás, para as cozinhas, porque uma das fábricas da Repsol (uma companhia de petróleo) continua ocupada pelos manifestantes", disse Carlos D'Arlach, presidente da empresa de petróleo boliviana YPFB, em entrevista à imprensa do país.
Por sua vez, taxistas e caminhoneiros, entre outros, anunciaram que voltam ao trabalho. Mas formam longas filas nos postos de gasolina esperando a reabertura deste serviço, o que só ocorrerá quando as estradas estiverem livres para a passagem dos que abastecem estes postos.
É nesse clima, muito menos tenso que nos dias anteriores, que empresários e líderes dos indigenas voltaram a pedir, separadamente, a convocação imediata de eleições antecipadas.
O empresário Roberto Mustafá leu um comunicado, em nome do setor no país, pedindo a realização das eleições gerais.
O mesmo pedido foi reiterado por diferentes líderes sociais, nesta sexta-feira, o primeiro dia de trabalho do presidente interino Eduardo Rodríguez, que já assumiu a cadeira presidencial, no Palácio Quemado.
Em La Paz, um dos sinais de que o país ainda está saindo de um período de grande tensão social são os estrondos de dinamite provocados por mineiros.
Com as explosões desta sexta-feira, eles protestam contra a morte de um companheiro ocorrida nesta quinta-feira, em Sucre, onde o Congresso se reuniu e empossou o novo presidente.
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Estradas permanecem bloqueadas na Bolívia
MARCIA CARMOda BBC Brasil, em La Paz
Apesar de o cotidiano na Bolívia estar dando sinais de que caminha, aos poucos, para a normalidade, as estradas do país continuam bloqueadas --o que prejudica a distribuição de combustíveis e os transportes públicos.
Mas, num sinal claro das mudanças nas últimas 24 horas, o bloqueio nas estradas ocorre sem a presença dos manifestantes.
"Estamos esperando a confirmação de que eles realmente suspenderam o protesto para que as prefeituras comecem o trabalho de limpeza e desbloqueio das estradas, ocupadas com pedregulhos e árvores", disse Mauricio Navarro, vice-ministro do transporte do governo que deixa o poder, de Carlos Mesa.
Ao mesmo tempo, os aeroportos voltaram a funcionar normalmente, mas os passageiros ainda têm dificuldades para chegar aos locais, já que as estradas continuam interditadas.
Caminhoneiros e taxistas
"Estamos com as reservas cheias de gás, mas falta botijão de gás, para as cozinhas, porque uma das fábricas da Repsol (uma companhia de petróleo) continua ocupada pelos manifestantes", disse Carlos D'Arlach, presidente da empresa de petróleo boliviana YPFB, em entrevista à imprensa do país.
Por sua vez, taxistas e caminhoneiros, entre outros, anunciaram que voltam ao trabalho. Mas formam longas filas nos postos de gasolina esperando a reabertura deste serviço, o que só ocorrerá quando as estradas estiverem livres para a passagem dos que abastecem estes postos.
É nesse clima, muito menos tenso que nos dias anteriores, que empresários e líderes dos indigenas voltaram a pedir, separadamente, a convocação imediata de eleições antecipadas.
O empresário Roberto Mustafá leu um comunicado, em nome do setor no país, pedindo a realização das eleições gerais.
O mesmo pedido foi reiterado por diferentes líderes sociais, nesta sexta-feira, o primeiro dia de trabalho do presidente interino Eduardo Rodríguez, que já assumiu a cadeira presidencial, no Palácio Quemado.
Em La Paz, um dos sinais de que o país ainda está saindo de um período de grande tensão social são os estrondos de dinamite provocados por mineiros.
Com as explosões desta sexta-feira, eles protestam contra a morte de um companheiro ocorrida nesta quinta-feira, em Sucre, onde o Congresso se reuniu e empossou o novo presidente.
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