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07/03/2007
-
20h26
da BBC, de Washington
Os Estados Unidos avaliam que os programas de assistência oferecidos pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a outros países latino-americanos têm como principal objetivo criar uma relação de dependência.
Segundo Thomas Shannon, subsecretário de Estado americano para o Hemisfério Ocidental, o anúncio de uma série de investimentos feito pelo presidente George W. Bush não é uma resposta aos projetos de Chávez.
"Isso não é uma competição. Não estamos tentando comprar favores ou criar uma relação de dependência, que é o que Chávez quer fazer", afirmou.
De acordo com Shannon, os investimentos americanos na região, por outro lado, têm por objetivo primordial "criar oportunidades de comércio e construir uma infra-estrutura que permita investir nesses países".
O representante americano diz que os Estados Unidos e os países latino-americanos podem "trabalhar juntos para construir mercados abertos e governos transparentes".
Comitiva
O representante americano integra a comitiva do presidente George W. Bush, que parte para o Brasil nesta quinta-feira. Em seguida, Bush vai para Uruguai, Colômbia, Guatemala e México.
Segundo Shannon, o propósito da viagem é o de passar uma "mensagem positiva, de cooperação"', segundo a qual os Estados Unidos procuram "entender as necessidades de cada país, de modo a preservar suas democracias e combater a pobreza e a exclusão social".
Shannon afirmou que os americanos contam com uma agenda positiva e estão preparados para discutir quaisquer temas, inclusive a redução de tarifas ao etanol importado pelos Estados Unidos, tema que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve levantar quando se encontrar com Bush na sexta-feira.
"Não haverá assuntos que não poderão ser apresentados na mesa de discussão. Sabemos que os brasileiros falarão a respeito disso. Mas esse é um tema que é determinado pelo Congresso. E não cabe a nós uma resolução a esse respeito neste momento", disse.
O representante americano afirmou ainda que "especialistas brasileiros têm dito que o Brasil mal conseguirá suprir sua própria demanda (por etanol)". Por isso, acrescentou Shannon, a discussão no Brasil relativa à sobretaxa que os Estados Unidos cobram sobre o etanol que importam é uma discussão ultrapassada.
"Parece ser algo que reflete uma compreensão antiquada do próprio mercado brasileiro e que não leva em conta o momento atual ou o futuro", comentou.
A viagem de Bush será a oitava do líder americano à América Latina. Será a primeira vez que o presidente vai à Guatemala e ao Uruguai.
Países membros do Mercosul temem que se americanos e uruguaios levarem adiante o projeto de discutir um acordo de livre comércio, isso poderá prejudicar o bloco sul-americano, mas Shannon diz não haver motivo para temores.
"Compreendemos os desafios regionais enfrentados pelo Uruguai. Mas também compreendemos que o Uruguai precisa, dentro do contexto do Mercosul, aprofundar seus compromissos com a economia global. Mas não vamos tentar impor nada. Nós estamos indo lá para ouvir", concluiu.
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BRUNO GARCEZda BBC, de Washington
Os Estados Unidos avaliam que os programas de assistência oferecidos pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a outros países latino-americanos têm como principal objetivo criar uma relação de dependência.
Segundo Thomas Shannon, subsecretário de Estado americano para o Hemisfério Ocidental, o anúncio de uma série de investimentos feito pelo presidente George W. Bush não é uma resposta aos projetos de Chávez.
"Isso não é uma competição. Não estamos tentando comprar favores ou criar uma relação de dependência, que é o que Chávez quer fazer", afirmou.
De acordo com Shannon, os investimentos americanos na região, por outro lado, têm por objetivo primordial "criar oportunidades de comércio e construir uma infra-estrutura que permita investir nesses países".
O representante americano diz que os Estados Unidos e os países latino-americanos podem "trabalhar juntos para construir mercados abertos e governos transparentes".
Comitiva
O representante americano integra a comitiva do presidente George W. Bush, que parte para o Brasil nesta quinta-feira. Em seguida, Bush vai para Uruguai, Colômbia, Guatemala e México.
Segundo Shannon, o propósito da viagem é o de passar uma "mensagem positiva, de cooperação"', segundo a qual os Estados Unidos procuram "entender as necessidades de cada país, de modo a preservar suas democracias e combater a pobreza e a exclusão social".
Shannon afirmou que os americanos contam com uma agenda positiva e estão preparados para discutir quaisquer temas, inclusive a redução de tarifas ao etanol importado pelos Estados Unidos, tema que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve levantar quando se encontrar com Bush na sexta-feira.
"Não haverá assuntos que não poderão ser apresentados na mesa de discussão. Sabemos que os brasileiros falarão a respeito disso. Mas esse é um tema que é determinado pelo Congresso. E não cabe a nós uma resolução a esse respeito neste momento", disse.
O representante americano afirmou ainda que "especialistas brasileiros têm dito que o Brasil mal conseguirá suprir sua própria demanda (por etanol)". Por isso, acrescentou Shannon, a discussão no Brasil relativa à sobretaxa que os Estados Unidos cobram sobre o etanol que importam é uma discussão ultrapassada.
"Parece ser algo que reflete uma compreensão antiquada do próprio mercado brasileiro e que não leva em conta o momento atual ou o futuro", comentou.
A viagem de Bush será a oitava do líder americano à América Latina. Será a primeira vez que o presidente vai à Guatemala e ao Uruguai.
Países membros do Mercosul temem que se americanos e uruguaios levarem adiante o projeto de discutir um acordo de livre comércio, isso poderá prejudicar o bloco sul-americano, mas Shannon diz não haver motivo para temores.
"Compreendemos os desafios regionais enfrentados pelo Uruguai. Mas também compreendemos que o Uruguai precisa, dentro do contexto do Mercosul, aprofundar seus compromissos com a economia global. Mas não vamos tentar impor nada. Nós estamos indo lá para ouvir", concluiu.
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