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05/04/2007
-
12h14
da BBC, de Roma
A polícia de Roma prendeu, nesta semana, quatro pessoas acusadas de comandar uma organização que explorava a prostituição de travestis brasileiros na cidade.
Os quatro --dois italianos e dois brasileiros-- eram proprietários da Il Degrado, uma casa noturna localizada no Eur, bairro romano de classe média construído na época do fascismo de Benito Mussolini. O local foi fechado pelos policiais.
Os homens presos vão responder pelo crime de exploração da imigração clandestina e favorecimento da prostituição. Os investigadores acreditam que a rede explorava mais de vinte transexuais brasileiros.
Segundo o comandante dos carabinieri, a polícia de Roma, coronel Alessandro Casarsa, as investigações começaram em abril do ano passado, a partir da denúncia de um travesti brasileiro cansado de ser explorado pelo grupo.
"Ele nos informou que vários conterrâneos estavam nas mãos desta rede", disse Casarsa à BBC Brasil. "Os brasileiros eram obrigados a se prostituir para pagar esta organização, que financiava a entrada ilegal deles na Itália."
Conforme o comandante Casarsa, os brasileiros pagavam 15 mil euros, cerca de R$ 40 mil, para entrar no país e mais 1,5 mil euros, o equivalente a R$ 4 mil, mensais pelo aluguel do local de trabalho: um pedaço de calçada, um quarto em um apartamento, ou espaço na casa noturna, todos em bairros romanos conhecidos como tradicionais pontos de prostituição masculina.
Brasileiros
"São muitos os transexuais brasileiros que trabalham com prostituição em Roma. Mas isto não é um problema para nós", afirmou Casarsa.
"Na Itália, é ilegal tirar proveito da prostituição. É ilícito abrir um local para explorar estas pessoas, independente de serem homens ou mulheres, fazer com que elas paguem para exercer a profissão. Quem ganha ilegalmente com a prostituição corre o risco de ser preso."
Segundo o comandante da polícia militar romana, ainda é desconhecida a dimensão total do fenômeno da exploração dos travestis brasileiros na cidade. Ele acredita, no entanto, que vários grupos estejam tirando proveito da situação de ilegalidade de muitos brasileiros para ganhar dinheiro.
O esquema de exploração dos travestis pela organização abrangia desde a viagem do Brasil à Itália, geralmente com a primeira estadia na Suíça, até os locais em que ficariam hospedados e o controle sobre a atividade profissional deles.
Casarsa disse que a investigação feita durante um ano acabou comprovando a culpabilidade do grupo. De acordo com ele, dezenas de pessoas foram ouvidas. Além da casa noturna Il Degrado, alguns apartamentos da rede também foram lacrados pelos carabinieri.
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Polícia italiana desfaz rede que prostituía travestis brasileiros
VALQUÍRIA REYda BBC, de Roma
A polícia de Roma prendeu, nesta semana, quatro pessoas acusadas de comandar uma organização que explorava a prostituição de travestis brasileiros na cidade.
Os quatro --dois italianos e dois brasileiros-- eram proprietários da Il Degrado, uma casa noturna localizada no Eur, bairro romano de classe média construído na época do fascismo de Benito Mussolini. O local foi fechado pelos policiais.
Os homens presos vão responder pelo crime de exploração da imigração clandestina e favorecimento da prostituição. Os investigadores acreditam que a rede explorava mais de vinte transexuais brasileiros.
Segundo o comandante dos carabinieri, a polícia de Roma, coronel Alessandro Casarsa, as investigações começaram em abril do ano passado, a partir da denúncia de um travesti brasileiro cansado de ser explorado pelo grupo.
"Ele nos informou que vários conterrâneos estavam nas mãos desta rede", disse Casarsa à BBC Brasil. "Os brasileiros eram obrigados a se prostituir para pagar esta organização, que financiava a entrada ilegal deles na Itália."
Conforme o comandante Casarsa, os brasileiros pagavam 15 mil euros, cerca de R$ 40 mil, para entrar no país e mais 1,5 mil euros, o equivalente a R$ 4 mil, mensais pelo aluguel do local de trabalho: um pedaço de calçada, um quarto em um apartamento, ou espaço na casa noturna, todos em bairros romanos conhecidos como tradicionais pontos de prostituição masculina.
Brasileiros
"São muitos os transexuais brasileiros que trabalham com prostituição em Roma. Mas isto não é um problema para nós", afirmou Casarsa.
"Na Itália, é ilegal tirar proveito da prostituição. É ilícito abrir um local para explorar estas pessoas, independente de serem homens ou mulheres, fazer com que elas paguem para exercer a profissão. Quem ganha ilegalmente com a prostituição corre o risco de ser preso."
Segundo o comandante da polícia militar romana, ainda é desconhecida a dimensão total do fenômeno da exploração dos travestis brasileiros na cidade. Ele acredita, no entanto, que vários grupos estejam tirando proveito da situação de ilegalidade de muitos brasileiros para ganhar dinheiro.
O esquema de exploração dos travestis pela organização abrangia desde a viagem do Brasil à Itália, geralmente com a primeira estadia na Suíça, até os locais em que ficariam hospedados e o controle sobre a atividade profissional deles.
Casarsa disse que a investigação feita durante um ano acabou comprovando a culpabilidade do grupo. De acordo com ele, dezenas de pessoas foram ouvidas. Além da casa noturna Il Degrado, alguns apartamentos da rede também foram lacrados pelos carabinieri.
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