Publicidade
Publicidade
05/04/2007
-
09h28
da Folha Online
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, do movimento nacionalista Fatah, e o premiê palestino, Ismail Haniyeh, do movimento islâmico Hamas, se reuniram nesta quinta-feira para abordar a delicada questão das forças de segurança do governo de coalizão que firmaram em fevereiro.
Tanto o Hamas quanto o Fatah possuem, além de partidos políticos, braços armados que já protagonizaram inúmeros confrontos nos quais centenas de palestinos foram mortos.
A reunião de hoje é o segundo encontro entre os dois líderes desde que seus movimentos formaram uma coalizão para o governo, que foi implantada no último mês. O gabinete compartilhado foi formado para, entre outros objetivos, pôr um fim à rivalidade e à violência entre militantes.
Também compareceu ao encontro o conselheiro de segurança nacional de Abbas, Mohammed Dahlan. Ele liderou o confronto do Fatah contra o Hamas durante meses de luta entre as facções no último ano e foi agora convidado a elaborar um plano de reforma para as desunidas forças de segurança palestinas.
"As forças de segurança precisam de uma grande 'cirurgia'", disse Dahlan em uma entrevista à TV palestina nesta quarta-feira. "As pessoas são mais leais a suas famílias do que ao [plano de] estabelecimento de uma pátria", afirmou.
Assessores de Dahlan disseram que ele ainda não entregou um plano de reforma detalhado ao presidente da ANP. Os movimentos do conselheiro são vistos com desconfiança pelo Hamas, mas ele afirmou que não tentará impor suas idéias ao ministro do Interior palestino, um independente escolhido pelo Hamas.
Facções
Mais de 85 mil membros das forças de segurança são leais ao Fatah. Durante o ano de 2006, durante o qual governou sozinho, o Hamas estabeleceu uma força própria de 5.600 homens, a chamada Força Executiva. Nos meses que antecederam o fechamento do acordo entre os dois movimentos, as forças rivais se engajaram em lutas freqüentes nas ruas de Gaza.
Nos acordos para a formação da coalizão, o destino da Força Executiva foi longamente debatido entre o Hamas e o Fatah. O movimento de Abbas exige que o grupo seja dissolvido.
O acordo para o governo de coalizão foi fechado em Meca (Arábia Saudita) no começo de fevereiro, e entrou em vigor em março. O gabinete compartilhado pretende acabar com a disputa entre os palestinos e pôr fim a um bloqueio financeiro internacional em vigor desde que o Hamas subiu ao poder, em março de 2006.
Ainda hoje, Abbas e Haniyeh deverão se reunir separadamente com diplomatas britânicos que pressionam pela libertação do jornalista da BBC Alan Johnston, que foi seqüestrado na Cidade de Gaza no dia 12 de março.
Não há notícias sobre o paradeiro de Johnston e nenhum grupo assumiu a autoria do seqüestro até o momento. Ele já se tornou um dos reféns detidos por mais tempo em Gaza.
Leia mais
Líderes árabes aprovam sem mudanças antiga iniciativa de paz
Facções palestinas retomam confrontos após novo governo de união
Negociar com governo palestino seria "ato suicida", diz israelense
Ajuda internacional a palestinos cresceu em 2006 apesar de boicote
Cônsul dos EUA encontra-se com ministro palestino
Especial
Leia cobertura completa sobre o Oriente Médio
Líderes palestinos se reúnem para discutir forças de segurança
Publicidade
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, do movimento nacionalista Fatah, e o premiê palestino, Ismail Haniyeh, do movimento islâmico Hamas, se reuniram nesta quinta-feira para abordar a delicada questão das forças de segurança do governo de coalizão que firmaram em fevereiro.
18.mar.2007/AP |
Mahmoud Abbas (dir.) e Ismail Haniyeh se reúnem em Gaza |
A reunião de hoje é o segundo encontro entre os dois líderes desde que seus movimentos formaram uma coalizão para o governo, que foi implantada no último mês. O gabinete compartilhado foi formado para, entre outros objetivos, pôr um fim à rivalidade e à violência entre militantes.
Também compareceu ao encontro o conselheiro de segurança nacional de Abbas, Mohammed Dahlan. Ele liderou o confronto do Fatah contra o Hamas durante meses de luta entre as facções no último ano e foi agora convidado a elaborar um plano de reforma para as desunidas forças de segurança palestinas.
"As forças de segurança precisam de uma grande 'cirurgia'", disse Dahlan em uma entrevista à TV palestina nesta quarta-feira. "As pessoas são mais leais a suas famílias do que ao [plano de] estabelecimento de uma pátria", afirmou.
Assessores de Dahlan disseram que ele ainda não entregou um plano de reforma detalhado ao presidente da ANP. Os movimentos do conselheiro são vistos com desconfiança pelo Hamas, mas ele afirmou que não tentará impor suas idéias ao ministro do Interior palestino, um independente escolhido pelo Hamas.
Facções
Mais de 85 mil membros das forças de segurança são leais ao Fatah. Durante o ano de 2006, durante o qual governou sozinho, o Hamas estabeleceu uma força própria de 5.600 homens, a chamada Força Executiva. Nos meses que antecederam o fechamento do acordo entre os dois movimentos, as forças rivais se engajaram em lutas freqüentes nas ruas de Gaza.
Nos acordos para a formação da coalizão, o destino da Força Executiva foi longamente debatido entre o Hamas e o Fatah. O movimento de Abbas exige que o grupo seja dissolvido.
O acordo para o governo de coalizão foi fechado em Meca (Arábia Saudita) no começo de fevereiro, e entrou em vigor em março. O gabinete compartilhado pretende acabar com a disputa entre os palestinos e pôr fim a um bloqueio financeiro internacional em vigor desde que o Hamas subiu ao poder, em março de 2006.
Ainda hoje, Abbas e Haniyeh deverão se reunir separadamente com diplomatas britânicos que pressionam pela libertação do jornalista da BBC Alan Johnston, que foi seqüestrado na Cidade de Gaza no dia 12 de março.
Não há notícias sobre o paradeiro de Johnston e nenhum grupo assumiu a autoria do seqüestro até o momento. Ele já se tornou um dos reféns detidos por mais tempo em Gaza.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice