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26/04/2007
-
08h27
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o venezuelano Hugo Chávez, que qualificou de "aliado excepcional" em entrevista publicada nos jornais argentinos nesta quinta-feira.
"Chávez tem sido um aliado excepcional no campo político e comercial. É um sócio. Não temos nenhum problema com a Venezuela. A Argentina e o Chile também não têm", afirmou o presidente, em conversa com os diários "La Nación", "Clarín" e "Página 12".
"Eu disse a Chávez outro dia que é como se, em uma corrida de Fórmula 1, o carro dele fosse a 300 km/h, enquanto nós vamos a 280 ou 290."
Lula deu a entrevista na ocasião de sua visita a Santiago, de passagem para Buenos Aires. Observadores e analistas na imprensa têm afirmado que o giro é uma tentativa de Lula de contrabalançar a influência de Chávez na América do Sul.
Mas, segundo o "La Nación", a viagem do presidente não é apenas uma questão de Estado.
"Sofremos os mesmos problemas, fomos vítimas das mesmas torturas. Nos ajudamos mutuamente. Há um lado institucional, de papel dos Estados, mas para mim também é uma coisa de sentimentos", afirmou o presidente.
América do Sul
Os jornais destacaram o apoio que Lula manifestou ao colega Néstor Kirchner, que neste ano concorre à reeleição para a Presidência do país.
"Deduzo, de quatro anos de coincidência com o presidente Kirchner, que a Argentina e o Brasil jamais tiveram uma relação tão proveitosa como agora", disse Lula, de acordo com os jornais, acrescentando que a "continuidade" de Kirchner no poder "beneficia a integração regional".
"Temos problemas, sim, mas na Argentina também há problemas entre as torcidas do Racing e do Boca Juniors. O importante são os gestos, que têm sido produtivos."
Lula defendeu também o presidente boliviano, Evo Morales, e disse que intercedeu junto ao presidente americano, George W. Bush, para que os Estados Unidos não cortassem ajuda financeira à Bolívia, apesar do clima de confrontação entre La Paz e Washington.
"Se o pouco que entra para os países pobres for cortado, haverá mais problemas; não combateremos as nossas deficiências sem crescimento econômico e distribuição de renda. Devemos facilitar nossa relação com a Bolívia e deixar de pensar que alguém é nosso inimigo."
De acordo com os jornais, Lula disse que se mostrou entusiasmado com a harmonia existente atualmente entre líderes latino-americanos que enfatizam a importância da integração regional. Segundo o "Página 12", o presidente declarou:
"A evolução política na América do Sul é a novidade do planeta no século 21, é onde estão ocorrendo as novidades políticas, é fantástico Nosso desafio é saber se seremos competentes para transformar essas novidades em conquistas para nossos povos", afirmou.
"De vez em quando digo aos companheiros presidentes que não podemos deixar que nossas diferenças do século 19 afetem a convergência do futuro. A única divergência que quero ter com meus sócios da América do Sul é sobre futebol."
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Chávez é "um aliado excepcional", diz Lula a jornais argentinos
da BBCO presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o venezuelano Hugo Chávez, que qualificou de "aliado excepcional" em entrevista publicada nos jornais argentinos nesta quinta-feira.
"Chávez tem sido um aliado excepcional no campo político e comercial. É um sócio. Não temos nenhum problema com a Venezuela. A Argentina e o Chile também não têm", afirmou o presidente, em conversa com os diários "La Nación", "Clarín" e "Página 12".
"Eu disse a Chávez outro dia que é como se, em uma corrida de Fórmula 1, o carro dele fosse a 300 km/h, enquanto nós vamos a 280 ou 290."
Lula deu a entrevista na ocasião de sua visita a Santiago, de passagem para Buenos Aires. Observadores e analistas na imprensa têm afirmado que o giro é uma tentativa de Lula de contrabalançar a influência de Chávez na América do Sul.
Mas, segundo o "La Nación", a viagem do presidente não é apenas uma questão de Estado.
"Sofremos os mesmos problemas, fomos vítimas das mesmas torturas. Nos ajudamos mutuamente. Há um lado institucional, de papel dos Estados, mas para mim também é uma coisa de sentimentos", afirmou o presidente.
América do Sul
Os jornais destacaram o apoio que Lula manifestou ao colega Néstor Kirchner, que neste ano concorre à reeleição para a Presidência do país.
"Deduzo, de quatro anos de coincidência com o presidente Kirchner, que a Argentina e o Brasil jamais tiveram uma relação tão proveitosa como agora", disse Lula, de acordo com os jornais, acrescentando que a "continuidade" de Kirchner no poder "beneficia a integração regional".
"Temos problemas, sim, mas na Argentina também há problemas entre as torcidas do Racing e do Boca Juniors. O importante são os gestos, que têm sido produtivos."
Lula defendeu também o presidente boliviano, Evo Morales, e disse que intercedeu junto ao presidente americano, George W. Bush, para que os Estados Unidos não cortassem ajuda financeira à Bolívia, apesar do clima de confrontação entre La Paz e Washington.
"Se o pouco que entra para os países pobres for cortado, haverá mais problemas; não combateremos as nossas deficiências sem crescimento econômico e distribuição de renda. Devemos facilitar nossa relação com a Bolívia e deixar de pensar que alguém é nosso inimigo."
De acordo com os jornais, Lula disse que se mostrou entusiasmado com a harmonia existente atualmente entre líderes latino-americanos que enfatizam a importância da integração regional. Segundo o "Página 12", o presidente declarou:
"A evolução política na América do Sul é a novidade do planeta no século 21, é onde estão ocorrendo as novidades políticas, é fantástico Nosso desafio é saber se seremos competentes para transformar essas novidades em conquistas para nossos povos", afirmou.
"De vez em quando digo aos companheiros presidentes que não podemos deixar que nossas diferenças do século 19 afetem a convergência do futuro. A única divergência que quero ter com meus sócios da América do Sul é sobre futebol."
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