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27/04/2007
-
20h56
da BBC Brasil, em Buenos Aires
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que apóia a criação de um sistema de financiamento para os países da América do Sul, mas fez ressalvas sobre a atual discussão do Banco do Sul.
Quando perguntado se o Brasil "está dentro ou não" deste debate para criar e participar desta instituição, ele respondeu: "Ninguém está dentro."
"É um banco de financiamento? Para o desenvolvimento? Qual será a participação de cada país", questionou o presidente, durante visita à Argentina.
Lula recordou que haverá reunião em 3 de maio, em Quito, capital equatoriana, entre ministros da área econômica da região, para discutir a proposta do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que já recebeu adesão da Argentina e do Equador.
"Se o ministro da Fazenda (Guido Mantega) entender depois desta reunião que esse banco pode ajudar a América do Sul, o Brasil não terá problema em participar e contribuir", declarou.
O Brasil não mostrou simpatia por esta idéia, desde que foi lançada, no ano passado.
Primeiro, argumentam assessores do governo, porque já existem instituições na região --como a Corporação Andina de Fomento (CAF)-- com objetivos semelhantes.
Segundo porque o Brasil já conta com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), alternativa semelhante que faliu na Argentina, país que agora está interessado na idéia.
De acordo com assessores do governo brasileiro, não seria possível concretizar um Banco do Sul, como propõe Chávez, sem recursos do Brasil.
Teme-se ainda que se a idéia não for bem estruturada cairá na falta de finalidade e de credibilidade, como alertou o presidente Lula, durante uma rápida entrevista com a imprensa, no aeroporto, antes de embarcar de volta à Brasília.
Energia
Em reunião de mais de quatro horas com o colega argentino, Néstor Kirchner, na residência presidencial de Olivos, os dois conversaram também sobre alternativas energéticas para Brasil e Argentina e para os demais países da região.
Em entrevista à imprensa, o presidente Lula disse que é preciso "aprofundar" todas as possibilidades neste setor e que os dois principais sócios do Mercosul --Brasil e Argentina-- devem realizar trabalhos conjuntos na produção de energia.
"O objetivo é que Argentina e Brasil tenham cada vez mais independência na questão energética", ressaltou Lula.
O presidente disse que é preciso explorar o potencial energético e as alternativas do ramo.
"Sejam as hidrelétricas, seja na área nuclear, de biodiesel, biomassa, aeólica, termoelétretrica de carvão, de gás, de óleo diesel".
Ele contou que no próximo dia 15 de maio, Argentina e Brasil vão se reunir para discutir como melhorar essa questão.
Bolívia
A dois dias do esperado anúncio do presidente da Bolívia, Evo Morales, em primeiro de maio, data que marca o primeiro ano da nacionalização do setor de petróleo e gás do país, Lula preferiu amenizar a discussão sobre a possível "recuperação" de duas refinarias da Petrobras no país.
"Primeiro não sei se (Morales) vai fazer (anúncio) e segundo vamos esperar para ver o que acontece", disse.
Atualmente, Brasil e Argentina dependem do gás boliviano e, na semana passada, sofreram a redução do envio do produto, devido a problemas internos na Bolívia.
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"Ninguém está dentro", diz Lula sobre Banco do Sul
MÁRCIA CARMOda BBC Brasil, em Buenos Aires
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que apóia a criação de um sistema de financiamento para os países da América do Sul, mas fez ressalvas sobre a atual discussão do Banco do Sul.
Quando perguntado se o Brasil "está dentro ou não" deste debate para criar e participar desta instituição, ele respondeu: "Ninguém está dentro."
"É um banco de financiamento? Para o desenvolvimento? Qual será a participação de cada país", questionou o presidente, durante visita à Argentina.
Lula recordou que haverá reunião em 3 de maio, em Quito, capital equatoriana, entre ministros da área econômica da região, para discutir a proposta do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que já recebeu adesão da Argentina e do Equador.
"Se o ministro da Fazenda (Guido Mantega) entender depois desta reunião que esse banco pode ajudar a América do Sul, o Brasil não terá problema em participar e contribuir", declarou.
O Brasil não mostrou simpatia por esta idéia, desde que foi lançada, no ano passado.
Primeiro, argumentam assessores do governo, porque já existem instituições na região --como a Corporação Andina de Fomento (CAF)-- com objetivos semelhantes.
Segundo porque o Brasil já conta com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), alternativa semelhante que faliu na Argentina, país que agora está interessado na idéia.
De acordo com assessores do governo brasileiro, não seria possível concretizar um Banco do Sul, como propõe Chávez, sem recursos do Brasil.
Teme-se ainda que se a idéia não for bem estruturada cairá na falta de finalidade e de credibilidade, como alertou o presidente Lula, durante uma rápida entrevista com a imprensa, no aeroporto, antes de embarcar de volta à Brasília.
Energia
Em reunião de mais de quatro horas com o colega argentino, Néstor Kirchner, na residência presidencial de Olivos, os dois conversaram também sobre alternativas energéticas para Brasil e Argentina e para os demais países da região.
Em entrevista à imprensa, o presidente Lula disse que é preciso "aprofundar" todas as possibilidades neste setor e que os dois principais sócios do Mercosul --Brasil e Argentina-- devem realizar trabalhos conjuntos na produção de energia.
"O objetivo é que Argentina e Brasil tenham cada vez mais independência na questão energética", ressaltou Lula.
O presidente disse que é preciso explorar o potencial energético e as alternativas do ramo.
"Sejam as hidrelétricas, seja na área nuclear, de biodiesel, biomassa, aeólica, termoelétretrica de carvão, de gás, de óleo diesel".
Ele contou que no próximo dia 15 de maio, Argentina e Brasil vão se reunir para discutir como melhorar essa questão.
Bolívia
A dois dias do esperado anúncio do presidente da Bolívia, Evo Morales, em primeiro de maio, data que marca o primeiro ano da nacionalização do setor de petróleo e gás do país, Lula preferiu amenizar a discussão sobre a possível "recuperação" de duas refinarias da Petrobras no país.
"Primeiro não sei se (Morales) vai fazer (anúncio) e segundo vamos esperar para ver o que acontece", disse.
Atualmente, Brasil e Argentina dependem do gás boliviano e, na semana passada, sofreram a redução do envio do produto, devido a problemas internos na Bolívia.
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