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03/05/2007
-
18h55
da BBC, em Buenos Aires
O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, disse nesta quinta-feira que o governo vai contratar uma consultoria técnica internacional para avaliar o "preço real" das duas refinarias da Petrobras no país.
Em entrevista à rádio "Erbol", García Linera afirmou que é preciso saber, com base jurídica, o valor destas duas unidades da empresa brasileira que serão transferidas para o Estado boliviano.
"As negociações estão avançando, mas tomara que a Petrobras seja mais flexível", declarou. "Nós não podemos dar passos sem um respaldo, legal e técnico, para o preço que oferecemos por estas refinarias."
Ele disse que a Petrobras vai ser informada sobre o prazo que terá para a troca de informações técnicas que devem obedecer regras legais.
Valor
García Linera mandou uma mensagem aos eleitores bolivianos, ao falar das refinarias. "O povo boliviano pode ter certeza de que nossas refinarias voltarão às mãos do Estado boliviano."
Para o vice-presidente boliviano, existe uma diferença entre os cálculos realizados pela Petrobras para definir o valor das refinarias e o que estima o governo boliviano.
"Eles oferecem um preço a partir de certos números e nós temos outros, diferentes, a partir dos livros das próprias refinarias", disse.
Linera acrescentou que a proposta atual do governo boliviano pelas refinarias Gualberto Villaroel e Guillermo Elder Bell é de US$ 60 milhões.
Segundo fontes do governo brasileiro, a Petrobras quer US$ 136 milhões para entregar as unidades de refino de petróleo ao governo do presidente Evo Morales.
O vice-presidente disse ainda, de acordo com a ABI (Agência Boliviana de Informação), que o governo boliviano quer acelerar as negociações com a empresa brasileira.
Linera confirmou que o assessor especial do Palácio do Planalto, Marco Aurélio García, conversou na semana passada com autoridades da administração Morales e que chegaram a "importantes acordos" para transferir as refinarias da Petrobras para a estatal boliviana YPFB.
Nas últimas horas, autoridades do governo Lula voltaram a conversar com o vice-presidente e com o ministro de hidrocarbonetos, Carlos Villegas.
Especula-se que as negociações vão continuar por mais alguns dias, mas a certeza entre os negociadores brasileiros é que o governo Morales está decidido a recuperar as refinarias, pagando ou não seu preço de mercado, como quer a Petrobras.
Se não houver entendimento, afirmam assessores de Villegas, Morales assinaria um decreto determinando o confisco do fluxo de caixa destas unidades --medida que foi sugerida pelo ex-ministro de hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada, dias antes da eleição presidencial no Brasil.
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MARCIA CARMOda BBC, em Buenos Aires
O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, disse nesta quinta-feira que o governo vai contratar uma consultoria técnica internacional para avaliar o "preço real" das duas refinarias da Petrobras no país.
Em entrevista à rádio "Erbol", García Linera afirmou que é preciso saber, com base jurídica, o valor destas duas unidades da empresa brasileira que serão transferidas para o Estado boliviano.
"As negociações estão avançando, mas tomara que a Petrobras seja mais flexível", declarou. "Nós não podemos dar passos sem um respaldo, legal e técnico, para o preço que oferecemos por estas refinarias."
Ele disse que a Petrobras vai ser informada sobre o prazo que terá para a troca de informações técnicas que devem obedecer regras legais.
Valor
García Linera mandou uma mensagem aos eleitores bolivianos, ao falar das refinarias. "O povo boliviano pode ter certeza de que nossas refinarias voltarão às mãos do Estado boliviano."
Para o vice-presidente boliviano, existe uma diferença entre os cálculos realizados pela Petrobras para definir o valor das refinarias e o que estima o governo boliviano.
"Eles oferecem um preço a partir de certos números e nós temos outros, diferentes, a partir dos livros das próprias refinarias", disse.
Linera acrescentou que a proposta atual do governo boliviano pelas refinarias Gualberto Villaroel e Guillermo Elder Bell é de US$ 60 milhões.
Segundo fontes do governo brasileiro, a Petrobras quer US$ 136 milhões para entregar as unidades de refino de petróleo ao governo do presidente Evo Morales.
O vice-presidente disse ainda, de acordo com a ABI (Agência Boliviana de Informação), que o governo boliviano quer acelerar as negociações com a empresa brasileira.
Linera confirmou que o assessor especial do Palácio do Planalto, Marco Aurélio García, conversou na semana passada com autoridades da administração Morales e que chegaram a "importantes acordos" para transferir as refinarias da Petrobras para a estatal boliviana YPFB.
Nas últimas horas, autoridades do governo Lula voltaram a conversar com o vice-presidente e com o ministro de hidrocarbonetos, Carlos Villegas.
Especula-se que as negociações vão continuar por mais alguns dias, mas a certeza entre os negociadores brasileiros é que o governo Morales está decidido a recuperar as refinarias, pagando ou não seu preço de mercado, como quer a Petrobras.
Se não houver entendimento, afirmam assessores de Villegas, Morales assinaria um decreto determinando o confisco do fluxo de caixa destas unidades --medida que foi sugerida pelo ex-ministro de hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada, dias antes da eleição presidencial no Brasil.
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