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Em Israel, vice dos EUA tenta relançar processo de paz
GUILA FLINT
da BBC Brasil, em Tel Aviv
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, inicia nesta terça-feira uma visita oficial de quatro dias ao Oriente Médio para promover o início de negociações indiretas entre israelenses e palestinos.
De acordo com um anúncio do governo americano, as negociações entre israelenses e palestinos, interrompidas desde dezembro de 2008, deverão ser retomadas de maneira indireta, com a mediação do enviado especial do presidente Barack Obama, George Mitchell.
O vice-presidente Joe Biden, a mais alta autoridade americana a visitar Israel e os territórios palestinos desde a eleição do presidente Barack Obama, se encontra na região para tentar dar um impulso à retomada das negociações.
Biden se encontrou nesta terça feira em Jerusalém com o presidente de Israel, Shimon Peres, e com o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu.
Na quarta-feira, o vice-presidente americano deverá ir a Ramallah, na Cisjordânia, para se reunir com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e com o premiê Salam Fayad.
Ainda não existe um acordo entre israelenses e palestinos sobre o conteúdo e o formato das negociações indiretas, também chamadas de "conversas de aproximação".
O governo israelense afirma esperar que as negociações indiretas sejam de curta duração e levem à retomada das negociações diretas.
Até agora, o governo israelense não tem se mostrado disposto a discutir as questões mais espinhosas do conflito nas negociações indiretas.
Já a Autoridade Nacional Palestina, que obteve o apoio da Liga Árabe para dar uma chance de quatro meses às negociações indiretas, quer abordar, desde o inicio, as questões mais problemáticas do conflito, como o destino de Jerusalém, as fronteiras de um futuro Estado Palestino e o retorno dos refugiados palestinos.
Em suas reuniões na região, o vice-presidente americano tentará obter um acordo entre as partes sobre o conteúdo e o formato das negociações indiretas.
As negociações começam em um clima de desconfiança por parte dos palestinos, depois da decisão do governo israelense, anunciada na segunda-feira, de ampliar com mais 112 apartamentos o assentamento de Beitar Ilit, na Cisjordânia.
O principal negociador palestino, Saeb Erekat, afirmou que "em cada visita de George Mitchel ao Oriente Médio os israelenses anunciam mais ampliações de assentamentos, causando constrangimento ao presidente Abbas e levantando muitas dúvidas sobre os esforços americanos pela retomada do processo de paz".
Segundo o governo israelense, a ampliação do assentamento foi determinada "por razões de segurança, ainda durante o governo de Ehud Olmert".
O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, afirmou esperar que "as conversas de aproximação levem rapidamente à retomada das negociações diretas pelas quais será possível realmente avançar com a paz".
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