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Grupo pró-CPI da Navalha tem até terça-feira para recolher novas assinaturas
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O grupo parlamentar que defende a instauração da CPI da Navalha tem até a próxima terça-feira para tentar recolher mais duas assinaturas de apoio às investigações. Aqueles deputados e senadores que quiserem retirar seus nomes terão o mesmo prazo. É que a Secretaria Geral do Senado decidiu hoje que o despacho sobre o assunto será definido na semana que vem.
Pela contagem dos técnicos concluída nesta quinta-feira, o requerimento para criação da CPI contém duas assinaturas a menos do que o exigido para instalar a comissão. Foram contabilizados os nomes de 169 deputados e de 30 senadores favoráveis à criação da comissão. Diante do número inferior ao mínimo exigido --171 deputados e 27 senadores--, a tendência é de arquivamento do pedido de abertura da CPI.
"Tenho esperança e vou correr atrás dos deputados e das assinaturas até o último momento. Lamento que um deputado tenha retirado a assinatura dele. Mas ainda há tempo para ver se há outros deputados patriotas", disse o deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), um dos responsáveis pela coleta de assinaturas.
Os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ) disseram que vão tentar descobrir a quem pertence a assinatura ilegível e paralelamente vão buscar mais apoio ao requerimento que sugere as investigações.
"Vamos ver quem é este deputado cuja assinatura é ilegível e vamos continuar buscando apoio, pelo menos duas assinaturas considero possível", disse Delgado. "Creio que não será tão difícil conseguir as assinaturas necessárias. Mas é preciso identificar o 'ilegível' e ver se ele quer ou não manter a assinatura", afirmou Alencar.
Contagem de assinaturas
Durante todo o dia técnicos do Senado examinaram cada uma das 202 assinaturas apresentadas no requerimento. Uma das assinaturas não estava legível, outra não foi reconhecida --a do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), pois ele assinou o requerimento como Paulinho da Força (Sindical), nome que adotou antes de eleito e que não constava nos registros da Câmara.
Já deputado Lindomar Garçon (PV-RO) retirou o nome. Outro que tomou a mesma iniciativa foi o deputado Edmar Moreira (DEM-MG), que também pediu para ter a assinatura retirada. Só que Moreira não havia assinado o documento.
Segundo assessores, houve uma confusão da parte do deputado diante da quantidade de documentos que ele assina normalmente.
A secretária-geral da Mesa do Senado, Cláudia Lyra, afirmou que depois de checadas as assinaturas, o requerimento será encaminhado ao presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL). Se houver o número regimental, o requerimento é lido em uma sessão conjunta da Câmara e do Senado. Caso não se alcance o número, o pedido é arquivado imediatamente.
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