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20/06/2007 - 21h03

Sibá procura novo relator para caso Renan e define cronograma de trabalho

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado (PT-AC), volta a procurar um novo relator para o processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Dois senadores do grupo aliado já passaram pela relatoria: Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Wellington Salgado (PMDB-MG).

Cafeteira, que na sexta passada ameaçou renunciar à relatoria se a votação do relatório que sugere o arquivamento fosse adiada, pediu afastamento do posto na segunda-feira por dez alegando problemas de saúde.

Hoje, menos de 24 horas depois de assumir a relatoria, Salgado deixou a relatoria contrariado com o novo adiamento da votação do relatório. "É uma honra pertencer ao Conselho de Ética. Mas nesse momento desisto de ser relator porque não sinto nesse conselho vontade de julgar alguém pela quebra da ética. Não faz parte dos meus valores entrar nesse jogo", disse ele.

O petista deve ter dificuldade para encontrar um substituto para a relatoria. Poucos senadores querem segurar o "abacaxi" de relatar um processo contra Renan.

Cronograma

Sibá se reúne amanhã com uma comissão de seis senadores para definir um cronograma de trabalho para as investigações sobre o caso.

A votação foi adiada hoje depois dos integrantes do conselho sugerirem o aprofundamento das investigações.

Renan é acusado de usar o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para pagar pensão e aluguel para a jornalista.

Para comprovar que seus ganhos eram compatíveis com os pagamentos, Renan apresentou documentos que apontam para um ganho de R$ 1,9 milhão, nos últimos quatro anos, com a venda de gado.

Reportagem do "Jornal Nacional", da semana passada, lançou suspeita sobre esse ganho. A reportagem contestou autenticidade das notas fiscais de venda de gado apresentadas pela defesa de Renan.

O Conselho de Ética pediu para a Polícia Federal periciar a autenticidade dos documentos apresentados por Renan.

Reportagem da Folha informa que a perícia verificou que Renan entregou notas fiscais com indícios de fraude, além de documentos que apresentam, entre si, uma "diferença" de 511 cabeças de gado na venda declarada, cerca de R$ 600 mil, quase um terço do que ele afirma ter ganho com atividades agropecuárias desde 2003.

 

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