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Justiça Federal volta a ouvir investigados na Xeque-Mate
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da Folha Online
O juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS), Dalton Igor Kita Conrado, volta a ouvir nesta sexta-feira os acusados de pertencer à suposta máfia dos caça-níqueis, desarticulada na Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal.
Na primeira fase de interrogatório, o juiz ouve sete dos 39 denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal). Conrado acatou a denúncia do MPF na segunda-feira, e os 39 denunciados passaram a ser réus e vão responder pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha, corrupção ativa e falsidade ideológica.
Hoje, o juiz toma os depoimentos de Sérgio Roberto Carvalho, o policial civil Edmo Medina Marquette e José Eduardo Abdulahad. Ontem foram ouvidos o empresário Nilton Cézar Servo, acusado de ser um dos líderes da máfia dos caça-níqueis, além de Ari Silas Portugal, Hércules Mandetta Neto e o tenente-coronel da Polícia Militar, Marmo Marcelino de Arruda.
Todos eles estão presos e, por isso, têm prioridade para prestar depoimento. Servo pediu na quarta-feira à Justiça Federal a revogação de sua prisão. Após parecer do Ministério Público Federal, o pedido será analisado por Conrado.
Na semana passada, o TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região já havia negado um habeas corpus para revogar a prisão preventiva de Servo.
Os outros 32 réus que respondem ao processo em liberdade serão ouvidos a partir do dia 9 de agosto. Alguns dos réus, que não moram em Campo Grande, prestarão depoimento por carta precatória.
Operação
No dia 4 de junho, a PF prendeu 76 pessoas durante a Operação Xeque-Mate. No dia seguinte, a PF anunciou a prisão de mais duas pessoas --Nilton Cézar Servo e seu filho, Victor Servo.
Cézar Servo é investigado por ser dono de máquinas de caça-níqueis em vários Estados e teria ligações com Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e com Dario Morelli Filho, compadre de Lula. Os dois seriam sócios em uma casa de jogos na Baixada Santista.
Na noite do dia 6, Hércules Mandetta Neto, irmão do secretário municipal de Saúde de Campo Grande (MS), Luiz Henrique Mandetta, que estava foragido, se apresentou à PF. No dia 8, Ari Silas Portugal, também se entregou.
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