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28/07/2007 - 09h03

Sem-terra continuam na fazenda de deputado irmão de Renan Calheiros

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SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha

Apesar de o prazo de desocupação dado pela Justiça de Alagoas ter acabado na tarde de ontem, os sem-terra que invadiram a fazenda Boa Vista, do deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), em Murici (60 km de Maceió), não saíram da propriedade.

O secretário de Defesa Social do Estado, Edson Sá Rocha, disse que a Polícia Militar está tentando uma desocupação pacífica da fazenda e que a força policial só será usada em último caso.

"O prazo [de desocupação] o juiz já determinou, mas a determinação não foi cumprida pelos invasores da propriedade. A gente vai achar uma solução", disse o secretário. "Temos muito terreno ainda para uma negociação racional."

O secretário disse que tem mantido o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) informado sobre a "evolução do problema". Segundo Sá Rocha, este é o procedimento adotado sempre que há invasões a propriedades no Estado.

Vilela Filho é aliado político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que é irmão do deputado.

Anteontem, lideranças dos quatro movimentos de sem-terra que participaram da invasão --MST, CPT, MTL e MLST-- apresentaram reivindicações para deixar a área, entre elas a intervenção no cartório de registro de imóveis de Murici e o levantamento fundiário da fazenda pela superintendência do Incra em Alagoas. Os sem-terra acusam o deputado de ter grilado a fazenda com a ajuda do cartório local.

No final da tarde de ontem, o corregedor do Tribunal de Justiça de Alagoas, Sebastião Costa Filho, foi para Murici, onde se reuniriam com os sem-terra. A corregedoria é o órgão responsável pela fiscalização dos cartórios.

A reportagem não conseguiu falar com o deputado ontem. Em entrevista um dia depois da invasão, o senador Renan Calheiros disse que a invasão foi uma "brutalidade".

A fazenda Boa Vista foi invadida na terça-feira por cerca de 400 agricultores ligados a MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), CPT (Comissão Pastoral da Terra), MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade) e MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra).

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