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Petistas divergem sobre corregedoria interna para apurar caixa dois
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THIAGO FARIA
Colaboração para a Folha Online
Representantes do PT, reunidos neste sábado no 3º Congresso do partido, em São Paulo, apresentaram posições diferentes sobre a criação de uma corregedoria interna para investigar possíveis casos de caixa dois.
Na avaliação de Jorge Viana Duarte, delegado do PT, "a criação é um processo complexo e poderia adiar a votação da reforma política". Em sentido semelhante, a ministra Marta Suplicy (Turismo) afirmou que "não proporia nem suporia a criação de uma corregedoria no partido".
Já para o ministro da Justiça, Tarso Genro, a corregedoria é "válida". Ele declarou que a questão do mensalão não deve ser tema do congresso, já que "ninguém foi condenado ainda e todos têm o direito de se defender".
Na última terça-feira, o STF (Supremo Tribunal Federal) concluiu o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra os 40 envolvidos com o escândalo do mensalão. A Corte aceitou denúncia contra todos os acusados.
Entre eles estão os ex-ministros José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Comunicação do Governo) e Anderson Adauto (Transportes), o empresário Marcos Valério, o deputado José Genoino (PT-SP), além do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), autor das denúncias.
Ontem, alguns petistas acusados de envolvimento com o mensalão aproveitaram o primeiro dia do congresso --que acontece até este domingo-- para reafirmar sua inocência.
Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje do segundo dia do congresso do PT, em São Paulo. Pela previsão inicial, Lula participaria da abertura do evento, realizada ontem à noite. Mas o presidente acabou adiando seu pronunciamento para dirigentes e militantes petistas para hoje.
Sem Lula, o PT antecipou ontem a discussão de temas importantes, como a sucessão presidencial de 2010. Correntes do partido defendem que o PT tenha um candidato próprio na eleição de 2010. O debate dessa proposta contraria os interesses do Planalto.
Em público, o presidente Lula declara que tem preferência por uma candidatura única dos partidos de coalizão para 2010 e que aceita apoiar um nome de fora do PT.
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