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Justiça rejeita pedido da promotoria sobre caso Toninho do PT
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da Folha Online
da Agência Folha
O juiz José Henrique Torres, presidente do tribunal do júri da Campinas, não aceitou o pedido do Ministério Público de São Paulo para que o seqüestrador Wanderson de Paula Lima, o Andinho, fosse a júri popular. Andinho é apontado pelos promotores como responsável pelo assassinato do prefeito de Campinas (95 km de São Paulo), Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, morto na noite de 10 de setembro de 2001.
Torres considerou que não há provas suficientes para levar os acusados sejam julgados pelo júri popular.
O promotor Fernando Vianna, um dos responsáveis pelo caso, disse que o Ministério Público vai recorrer da decisão no TJ-SP (Tribunal de Justiça) de São Paulo. Segundo Vianna, se o tribunal mantiver o entendimento de Torres, o processo se encerra.
"Essa decisão manifesta a impunidade. É a consagração da impunidade, pois o tribunal vai demorar de dois a três anos para se posicionar e o caso voltar para Campinas", afirmou Vianna.
Toninho do PT foi morto quando dirigia seu carro na avenida Mackenzie --na saída de um shopping da cidade. Ele estava sozinho. Três tiros foram disparados e a arma --uma pistola 9 mm-- nunca foi encontrada.
No inquérito do caso, encerrado em 2002, a Polícia Civil concluiu que Toninho foi morto porque atrapalhara uma fuga de carro da quadrilha do seqüestrador. A versão, no entanto, é contestada pela família do prefeito, que diz acreditar em crime político.
Para o Ministério Público do Estado, Andinho e sua quadrilha atiraram no prefeito. A promotoria, no entanto, não estabeleceu a motivação do crime.
Dos quatro integrantes da quadrilha, apenas Andinho está vivo. Único acusado no processo do caso --que ainda não foi julgado--, ele está preso em penitenciária de segurança máxima no interior do Estado. Os outros foram mortos em duas ações policiais.
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