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09/10/2007 - 22h31

Governador de Mato Grosso do Sul faz caixa com aumento de impostos

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HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

Com aumento de impostos, o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), criou um fundo --que já arrecadou R$ 14 milhões-- para bancar programas sociais que começam a ser pagos em 2008. O PT afirma suspeitar de uso eleitoral dos programas nas campanhas do ano que vem.

O fundo foi criado em março passado com aumento de dois pontos percentuais no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da comercialização de armas, cigarros, bebidas alcóolicas, jóias, perfumes e obras de arte.

Puccinelli defende a reeleição do prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), que derrotou em 2004 o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), sobrinho do ex-governador (1999 a 2006) José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT.

"[Os programas sociais] Começam exatamente no ano eleitoral. É estranhamente suspeito", afirmou o presidente estadual do PT, Mariano Cabreira.

Ao tomar posse, Puccinelli, alegando dificuldades financeiras no Estado, suspendeu os programas sociais então mantidos pelo governo de Zeca do PT --que, hoje, é um dos pré-candidatos a prefeito de Campo Grande.

Ao deixar a administração de Mato Grosso do Sul, o governo petista informava que pagava R$ 100 por mês a 35.356 famílias, enquanto outras 24.032 ganhavam cestas com 32 kg de alimentos, ao custo de R$ 5,3 milhões mensais.

Nas eleições de 2006, Zeca apresentava os programas sociais como bandeira da campanha do senador Delcídio Amaral (PT-MS), candidato derrotado a governador.

Ao manter seu título de eleitor em Corumbá (MS), Delcídio descartou na semana passada ser candidato a prefeito de Campo Grande.

Ainda em 2006, Zeca insistia, no horário político na TV, que Puccinelli cortaria os programas sociais, se eleito. O peemedebista negava, mas acabou adotando a medida ao tomar posse.

A assessoria de Puccinelli nega que a retomada dos programas sociais seja estratégia para anular uma possível acusação do PT, na campanha de 2008, de que o governador descumpriu promessa eleitoral.

Conforme a assessoria do peemedebista, o governo faz um cadastramento das famílias que receberão R$ 120 mensalmente por meio de cartão magnético a partir de 2008. A escolha dos beneficiados, segundo o governo, será baseada em critérios de baixa renda e número de crianças por família.

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