"Gosto de acordar com os passarinhos", diz Tião Viana ao chegar no Senado

Pelo segundo dia consecutivo, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), chegou cedo ao Congresso Nacional, por volta das 7h30 desta terça-feira. "Gosto de acordar com os passarinhos. Sempre foi assim."

Viana terá uma agenda lotada durante o dia de hoje, com reunião de líderes e discussão sobre a adesão da Venezuela ao bloco econômico do Mercosul.

O petista se reúne durante a manhã, no gabinete da presidência do Senado, com assessores e prepara-se para a reunião líderes partidários, marcada para a hora do almoço, quando vai propor um acordo para votar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.

Com os líderes, Viana quer negociar a inclusão na pauta de votação, na quarta-feira, de um projeto de resolução que é considerado polêmico. Pelo projeto, os senadores investigados pelo Conselho de Ética ficam proibidos de ocuparem cargos na Mesa Diretora da Casa ou na presidência de comissões.

O projeto foi aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado durante as denúncias contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente licenciado da Casa. Mas a proposta determina que a regra entre em vigor somente a partir de 2008. Portanto, a ordem não afeta o peemedebista que responde a mais quatro processos por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.

Venezuela

Nesta terça-feira, Viana tratará ainda sobre o pleito do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de integrar o Mercosul. O ex-presidente da Câmara e deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) acompanha um grupo de empresários que está em Brasília em busca de um acordo para garantir a inclusão dos venezuelanos no bloco econômico.

Aldo levará os empresários para conversarem com Viana e o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O protocolo, com o pedido de Chávez, deverá ser votado na Comissão de Relações Exteriores da Câmara no dia 24.

No entanto, as relações de Chávez com o Congresso Nacional são delicadas. Incomodado com a demora na votação de seu pleito, o presidente da Venezuela chegou a criticar os congressistas brasileiros por mais de uma vez.

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