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Viana impõe clima de "paz e amor" no Senado e sinaliza pré-candidatura à sucessão
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GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Em uma semana no cargo, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), impôs seu estilo na Casa e entre os pares. Apelou pela paz e a unidade, mostrou-se aberto ao diálogo e buscou dar atenção à oposição --já visando a controvertida votação da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.
Na interinidade, Viana retomou as votações no Senado, reuniu os senadores com o vice-presidente José Alencar e ainda conseguiu afastar a Casa do foco da crise política. Os elogios vêm da oposição e da base aliada do governo. Mas há quem advirta: a desconfiança deve ser mantida, já que nos bastidores o petista é acusado de trabalhar para permanecer em definitivo no cargo.
"Eu respeito muito lua-de-mel. Noivo em lua-de-mel não deve ser perturbado, mas isso sempre tem um tempo", afirmou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
O senador disse que a oposição está disposta a lutar para "manter a paz" no Senado após o afastamento de Renan em meio às articulações para a sucessão do peemedebista.
Assim como o democrata, o tucano Arthur Virgílio (AM) também se mostrou disposto a colaborar com o clima de "paz e amor" instalado no Senado nesta semana sob o comando de Viana. "Ele está indo muito bem, eu não esperava diferente. Vejo o sentimento de ver a Casa funcionar e percebo o sentimento de fazer o senador Tião dar certo. Mas o PSDB, que não tem nada contra o nome de Tião, reconhece que a primazia deve caber ao PMDB", disse.
O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), considerou "natural" o petista conseguir reduzir a tensão na Casa após a licença do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). "Nós estávamos trabalhando, mas nos últimos dias a coisa tinha esquentado. Conseguimos avançar na votação das matérias esta semana", disse Raupp.
Estilo
Viana surpreendeu os colegas e os funcionários ao chegar diariamente por volta das 7h30. "Eu acordo com os passarinhos, sempre foi assim"', brincou ele, tentando explicar a razão que o leva a madrugar no Senado.
Ele demonstrou que gosta da pontualidade britânica: iniciou a maior parte das votações no plenário às 16h --o horário previsto pelo regimento interno do Senado.
Sorridente, o petista afirma que respeita as diferenças entre oposição e governo. Ouve e conversa, mas impõe suas determinações --o que ocorreu com as votações, limpando a pauta da Casa e correndo contra o tempo para acelerar as discussões sobre a CPMF.
Nos bastidores, os senadores acompanham as articulações de Viana para se consolidar como líder político capaz de permanecer no comando do Senado. Oficialmente, porém, o petista nega qualquer negociação neste sentido: disse que a presidência da Casa pertence ao PMDB e que não está na disputa.
Intrigas
Apesar de evitar críticas ao titular do cargo --que pediu licença por 45 dias--, Viana tomou atitudes que desagradaram aliados do peemedebista. A Folha Online apurou que, cumprindo determinações do presidente interino, objetos pessoais de Renan --como escova de dentes, creme dental e pente --foram retirados da Presidência do Senado e colocados em uma sacola de supermercado.
A sacola teria sido deixada no corredor em frente ao gabinete pessoal de Renan --cuja porta estava fechada-- e acabou encontrada por uma funcionária da limpeza, que encaminhou o material à primeira servidora que chegou ao local.
Para aliados de Renan, o comportamento de Viana foi inadequado uma vez que poderia ter negociado o remanejamento dos pertences por meio de um acordo prévio. Como o petista está interinamente na presidência, amigos do peemedebista classificam seu gesto como "deselegante" --uma vez que Renan poderá retornar ao seu gabinete após a licença se não se desligar em definitivo da presidência.
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1) O Coveiro do Cemitério Araça (adora enterrar o povão na lama)
2) O mendigo que mora debaixo da ponte (tá cheio de atanto "papelão")
3) Meu cachorro Rex (Late mas não morde)
4) Minha sogra (vai com Deus...não aceito devoluções)
5) O Papagaio Louro de meu vizinho (fala...fala mas nem sabe o que tá falando)
Mas se faltar mais um suplente...Nós aqui temos a solução.
Vamos contratar todosos nossos parentes para "nos dar uma forcinha"...De quebra cadaum devolverá 30% de seus vencimentos brutos em espécia....
Isso sim que é política...
M-A-R-A-V-I-L-H-A
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Perder tempo com estes canalhas????
Nunca mais!
Prefiro uma revolução ARMADA!
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