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31/10/2007 - 08h49

Requião afirma que Syngenta não é bem-vinda no PR e vê "execução"

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da Agência Folha

O governador paranaense, Roberto Requião (PMDB), disse ontem que a Syngenta, empresa suíça de sementes, "não é bem-vinda no Paraná".

Na semana passada, um confronto entre integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e seguranças em uma fazenda da empresa no interior do Estado deixou dois mortos: um sem-terra e um segurança. Sete vigilantes de uma empresa terceirizada foram presos, mas a Justiça mandou soltá-los.

Requião classificou os seguranças da multinacional como "milícias de liquidação, à moda Tropa de Elite", numa referência ao filme sobre o Bope (Batalhão de Operações Especiais).

"É absolutamente inaceitável que milícias privadas executem cidadãos paranaenses", disse, em reunião com secretários. "Determinei que a Secretaria de Segurança Pública aja com máxima dureza no caso."

Para Requião, a Syngenta veio para o Brasil porque não conseguiu licença para produzir sementes transgênicas na Suíça. "Se fizessem na Suíça o que fazem aqui, os executivos da Syngenta estariam presos."

O governador também falou que o MST tem "acertos e erros". "Mas é um movimento social e assim continuará sendo tratado pelo governo."

Requião levantou suspeitas sobre as circunstâncias da morte do sem-terra no confronto. "Segundo me informa a Polícia Civil, ele teria sido colocado de joelhos e executado com um tiro na cabeça", disse.

Procurada pela Folha, a Syngenta informou, por meio de assessoria, que a empresa tem todas as licenças regularizadas para atuar no Estado e que não poderia comentar as declarações do governador.

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Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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