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09/11/2007 - 21h01

Aécio diz que governo faz "terrorismo" e usa "esperteza com números"

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), classificou de "terrorismo" a ameaça do governo federal de que os Estados poderão perder receita caso a CPMF não seja aprovada. No caso de Minas, conforme o levantamento do governo, seria R$ 1,6 bilhão repassado ao Estado dessa contribuição.

Aécio considerou "inaceitável" o governo condicionar a prorrogação do imposto do cheque à manutenção da transferência integral dos recursos.

"Há um certo terrorismo, mas temos que considerar que é natural em negociações tensas como essa", disse ele em entrevista à rádio CBN.

Poucas horas depois, no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, ele disse que o governo usa "excessiva esperteza" ao lidar com os números. "É preciso que haja um pouco de generosidade por parte do governo, e não uma excessiva esperteza nos números."

Para ele, o governo luta agora pela CPMF porque é "perdulário, gasta excessivamente e gasta mal" os recursos e agora tem dificuldade para cumprir sua meta de investimentos.

Na última quarta, após encontro com o presidente em Belo Horizonte, Aécio disso ter sentido "boa vontade" de Lula em continuar negociando com o PSDB a prorrogação da CPMF. Hoje o tom já era outro.

Ele disse que "o espaço se estreitou demais", que "não é mais tempo" de governadores apresentarem nova proposta para acordo e que não vê sinal de que o governo fará uma proposta.

Para o PSDB apoiar a prorrogação da CPMF, Aécio defende que o governo desonere a carga tributária, reparta mais os recursos da Cide (a contribuição sobre combustíveis) com Estados e municípios e amplie os recursos para a saúde já a partir do próximo ano.

"Talvez por aí possa se reabrir negociação. Mas eu não vejo hoje nenhum sinal muito claro do governo em relação a isso."

A proposta do governo de retirar recursos dos Estados e municípios com a desoneração do Imposto de Renda foi "um grande equívoco" e "uma medida pessimamente elaborada".

Segundo ele, isso vai na "direção oposta ao fortalecimento na federação dos Estados e municípios", tecla que ele tanto bate desde que foi eleito, em 2003, o que já virou também uma bandeira política.

"O governo, na verdade, faz a bondade com, novamente, o chapéu alheio. Ao apresentar essa proposta, o governo afastou da mesa de negociações aqueles que como eu, o governador [José] Serra [PSDB-SP] e uma parcela importante do PSDB estavam pelo menos dispostos a ouvir a proposta do governo e discutir internamente."

A partir de agora, avaliou, o governo terá que fazer sua opção. "Se ele achar que é melhor pagar esse preço, eu não sei exatamente qual... Se tem confiança na sua base, segurança de que tem os votos necessários para aprová-la, temos que respeitar. Porque dessa forma, se não houver ação nova do governo, consistente, a tendência do PSDB será votar todo ele contra."

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Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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