Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/11/2007 - 22h20

Paulo Bernardo chama Sociedade Rural de facção

Publicidade

LUIZ CARLOS DA CRUZ
Colaboração para a Agência Folha, em Cascavel

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse na noite de ontem, em Cascavel (499 km de Curitiba, PR), que vai manter contato com o colega Tarso Genro (Justiça), para saber se existe possibilidade de a PF (Polícia Federal) investigar a tensão agrária na região oeste do Paraná. Há um mês, duas pessoas morreram em confronto entre sem-terra e seguranças na fazenda Syngenta, em Santa Tereza do Oeste.

Durante encontro político com lideranças petistas da região, Paulo Bernardo, ao ser questionado sobre as mortes, acusou a SRO (Sociedade Rural do Oeste do Paraná) como responsável em formar milícias armadas para combater sem-terra na região.

"A melhor saída é fazer denúncia [de ameaças contra os sem-terra], investigar e botar os líderes dessa facção no lugar deles", disse em referência à SRO. Alessandro Meneghel, presidente da SRO, disse que o ministro foi infeliz. "Se quem produz e está legal é facção, quem está ilegal, invade, rouba e mata é o quê?" questionou.

Oposição

Durante o encontro, Paulo Bernardo declarou que "entra em crise quando ouve falar em um terceiro mandato de Lula". Sem se estender sobre o tema, o ministro teceu o comentário ao falar dos programas sociais do governo, dos projetos previstos no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e a da estabilidade econômica do país.

Segundo o ministro, ainda é cedo para discutir as eleições presidenciais de 2010, mas ele disse que, se o presidente Lula mantiver a atual popularidade, fará o sucessor.

"Eu acho que eles [a oposição] vão ficar na chuva mais um pouco, o que é bom para eles treinarem a fazer oposição. Essa coisa demora", declarou.

O ministro arrancou gargalhadas da platéia na Câmara de Cascavel quando respondeu a supostos comentários de que pessoas teriam dito, quando foi anunciada a descoberta das reservas gigantes de petróleo na Bacia de Santos, que a sorte acompanha o presidente.

"O pessoal falou que o Lula nasceu virado pra lua. Na verdade falaram que ele nasceu com a b... virada pra lua. Eu não posso falar isso porque ele é presidente" comentou. "É bom ter sorte, mas é bom também ter juízo e fazer as coisas certas", completou.

Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
avalie fechar
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
avalie fechar
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (2137)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página