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29/11/2007 - 11h56

Tião Viana diz que nada fará para antecipar votação da CPMF no Senado

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), afirmou nesta quinta-feira que não pretende antecipar para a semana que vem a votação da proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. Viana disse que "sempre trabalhou" com a data do dia 14 de dezembro para a votação da matéria em primeiro turno.

"Trabalharei sempre com o dia 14 como prazo limite para entrada em primeiro turno. Se houver uma antecipação, será fruto de acordo entre oposição e governo", afirmou Viana.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse estar disposto antecipar para a próxima quinta-feira a votação da proposta porque vai acelerar a sua tramitação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), onde relata a matéria. Assim como os governistas, a oposição também quer acelerar a votação porque alega ter votos necessários para impedir que a prorrogação da CPMF seja aprovada em plenário.

O presidente interino do Senado afirmou que os dois lados têm certeza da vitória, mas admitiu que mudanças repentinas poderão alterar os cálculos do governo e da oposição. "Vivemos aquela situação: não são times completos. A cada momento alguns podem estar vestindo a camisa e indo para o outro lado, então está uma corda esticada entre os votos que são decisivos tanto a favor do governo quanto da oposição", admitiu.

Segundo o petista, a insegurança sobre o número de votos necessários para a prorrogação da CPMF "vai se dar até o último momento" --já que a matéria tem dissidentes na base aliada. Para que os governistas consigam aprovar a matéria, vão precisar reunir 49 votos favoráveis à prorrogação da CPMF.

Numa enfática defesa da prorrogação do "imposto do cheque", Viana disse que não consegue imaginar que o país abra mão de uma receita anual de R$ 40 bilhões --arrecadada com a CPMF. "Não consigo imaginar que qualquer país com um PIB [Produto Interno Bruto] similar ao do Brasil possa abrir mão de R$ 40 bilhões e isso não significar um forte desequilíbrio orçamentário."

Renan

Viana lamentou a pressão dos partidos de oposição para que a votação da CPMF ocorra quase simultaneamente ao julgamento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no plenário da Casa. Se a votação da CPMF ocorrer na próxima quinta-feira --como defendem os governistas e a oposição-- a votação será realizada dois dias depois da votação do processo de cassação contra Renan pelos parlamentares.

"Lamentavelmente, quando o Demóstenes [Torres, do DEM] expressou que era uma estratégia da oposição embolar a CPMF com o julgamento do Renan Calheiros, só tenho de comentar que lastimo isso porque acho que não é bom para a instituição que um julgamento sobre ética se misture com um assunto que é da ordem do dia da sociedade brasileira."

Viana disse que Renan não emitiu sinais de uma eventual renúncia definitiva à presidência do Senado, mesmo como estratégia para garantir sua absolvição no plenário. O petista evitou comentar a disputa pela sucessão de Renan porque alega estar numa situação desconfortável --já que assumiu o cargo interinamente no lugar do peemedebista por ser o primeiro vice-presidente da Casa.

"Não quero entrar nesse debate pela condição de estar presidindo interinamente o Senado. Ocasionalmente, nos falamos sobre assuntos da ordem do dia, do Legislativo, quando o assunto é o julgamento dele, sempre evitamos por uma razão de respeito."

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Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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