PMDB vai esperar julgamento de Renan para discutir sucessão no Senado

O comando do PMDB decidiu que só vai deflagrar oficialmente a campanha pela sucessão da presidência do Senado, depois de encerrada a votação que trata do processo do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) nesta terça-feira. O nome escolhido pelos peemedebistas ainda não foi definido porque os senadores do partido tentam um acordo com as demais legendas para evitar candidaturas avulsas e rejeições.

O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), admitiu hoje que seu partido pode ter de dois a três nomes interessados no cargo. Mas só um será escolhido para a sucessão. No entanto, ele disse que o assunto só será debatido se Renan renunciar, sinalizando que não prevê a cassação do peemedebista.

"Acho que alguns senadores entendem que é uma pena um tanto elevada [a perda de mandato]", afirmou Raupp, confirmando a tendência indicada pelo relator do processo, senador Jefferson Péres (PDT-AM), que disse que o clima predominante no Senado é pela absolvição do peemedebista.

Nesta terça-feira, o plenário do Senado vota o processo que recomenda a cassação de Renan por quebra de decoro parlamentar. Na ação, o senador é acusado de ter utilizado laranjas para comprar empresas de comunicação no interior de Alagoas. Para a perda de mandato, são necessários 41 votos.

Paralelamente, os senadores apostam que, mesmo inocentado pelo plenário, Renan deverá renunciar à presidência do Senado por não ter mais condições políticas de continuar à frente da Casa. A possibilidade motivou a disputa velada pelo cargo.

No PMDB, há quatro candidatos à sucessão para a presidência do Senado: Garibaldi Alves (RN), José Maranhão (PB), Edison Lobão (MA) e Raupp.

Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br