Renan vai analisar clima político no plenário do Senado para decidir sobre renúncia

O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sinalizou nesta terça-feira a interlocutores que poderá renunciar em definitivo ao cargo durante a sessão na tarde de hoje que vai definir seu futuro político na Casa.

A Folha Online apurou que Renan teria elaborado, inclusive, sua carta de renúncia com o auxílio de advogados para apresentá-la ao plenário do Senado.

Um interlocutor peemedebista disse que, até ontem à noite, o senador não pensava em renunciar ao cargo para atender aos apelos do Planalto, que defende a sua permanência no comando do Senado até a votação da proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.

O governo teme que a renúncia de Renan deflagre de imediato a corrida pela sucessão à presidência do Senado, o que poderia rachar a bancada do PMDB e, assim, prejudicar a votação do "imposto do cheque".

Pelos menos três senadores peemedebistas já se lançaram extra-oficialmente na disputa: Garibaldi Alves (RN), José Maranhão (PB) e Edison Lobão (MA).

A Folha Online apurou ainda que Renan vai levar a carta de renúncia junto com seu discurso de defesa, mas pretende sentir o clima do plenário para decidir sobre a renúncia.

O peemedebista acredita que, ao se afastar em definitivo da presidência do Senado, poderá conquistar votos a seu favor e garantir seu mandato como senador na Casa Legislativa.

O plenário analisa hoje as denúncias de que Renan teria usado laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas. Se for cassado, o peemedebista ficará inelegível por oito anos, contados a partir do final da atual legislatura.

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