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FHC diz que adesão da Venezuela ao Mercosul não pode ocorrer na "base da ideologia"
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da Folha Online
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta quinta-feira que o debate sobre a inclusão da Venezuela ao Mercosul está equivocado. Segundo FHC, a discussão está sendo politizada por casa do comportamento do presidente venezuelano Hugo Chávez.
Na avaliação do ex-presidente, o que deve ser discutido é se a Venezuela está cumprindo os requisitos para entrar no bloco. "E eu acho que não está cumprindo", disse o tucano durante sabatina promovida hoje pela Folha. "Não é uma adesão de coração. É uma negociação comercial. [...] Não se faz um bloco de países na base da ideologia."
FHC disse que a eleição do socialista José Luis Rodriguez Zapatero (Espanha) e do conservador Nicolas Sarkozy (França) não atrapalhou as relações entre os dois países na União Européia.
O tucano afirmou que Chávez é de uma "audácia tão grande" que às vezes fica difícil de negociar, principalmente depois da valorização do preço do petróleo. Por isso, segundo ele, o Brasil não pode se omitir e deixar de exercer sua liderança no bloco.
Questionado sobre até onde a corrida armamentista de Chávez iria chegar, FHC afirmou que o venezuelano é tão audacioso que pode chegar mais longe "do que a gente espera".
"Não acho que [a compra de armamento] uma ameaça ao Brasil. Não é uma coisa gritante. É uma pena, porque está jogando muito dinheiro em armamento e eu não vejo bem o motivo."
FHC é sabatinado pelos colunistas da Folha Eliane Cantanhêde, Vinicius Torres Freire e Luiz Carlos Mendonça de Barros (ex-ministro das Comunicações de FHC) e Josias de Souza (da Sucursal de Brasília e do blog "Nos Bastidores do Poder"). A platéia do Teatro Folha, onde acontece a sabatina, também poderá fazer perguntas.
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Isso ocorre por vários motivos, mas o principal está no fato de que estas empresas não são administradas por pessoas que entendem do assunto, não são nem de perto especialistas em comunicação, não entendem as particulariedades deste ramo, e para tanto a administram como uma empresa qualquer.
A imprensa escrita brasileira continua tentando concorrer com a internet, e na frase "sobreviver à internet" isso ficou bem claro.
O diploma no jornalismo se mostra necessário nesses casos, mais do que alguém que escreve a matéria para um jornal, o jornalista diplomado, é a pessoa que entende o processo, entende o sistema e como ele se comporta.
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