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Após morte de governador, Planalto não descarta votar hoje CPMF
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O governo não descarta votar a proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011 nesta terça-feira. A Folha Online apurou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) orientaram os líderes da base aliada a ficarem de plantão para que a votação ocorra a qualquer momento --quando for fechada a contabilidade de 49 votos favoráveis à prorrogação do "imposto do cheque".
"Estamos em plantão permanente, com o monitoramento [dos votos] minuto a minuto. Nós temos a orientação de ficarmos de plantão a partir de hoje. Fechamos acordo para escolher o novo presidente do Senado amanhã e, em seguida, colocar em votação da CPMF. Mas minutos depois recebemos a notícia da morte do governador de Roraima [Ottomar Pinto]", disse a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).
O governo não descarta antecipar a votação para a noite de hoje após a morte do governador --já que senadores do Estado manifestaram a intenção de acompanhar o enterro de Ottomar. Oficialmente, porém, os governistas não confirmam que a votação possa ocorrer ainda hoje.
O líder do PMDB na Casa, Valdir Raupp (RO), confirmou a estratégia de garantir a votação no momento em que os votos pró-CPMF estiverem contabilizados. "Se até lá [quarta-feira] os líderes entenderem que dá para votar, votamos hoje à noite", disse.
Raupp afirmou que neste caso os senadores Roseana Sarney (PMDB-MA) e Flavio Arns (PT-PR) retornariam à Casa para a votação, após o afastamento por problemas de saúde.
Já o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), considerou remota a possibilidade de votação na noite de hoje --mas admitiu que os senadores estão em alerta. "Por mim votamos amanhã para ganhar ou perder. Não é possível suportar nenhum desfalque na votação."
Votos
A oposição insiste que os governistas não têm os 49 votos necessários para aprovar a prorrogação da CPMF. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que sua contabilidade aponta somente 45 votos favoráveis à CPMF --o que não permite a aprovação da matéria pelo governo.
"Os 35 votos que temos contra a CPMF serão os mesmos hoje, amanhã ou depois. Nós trabalhamos com a possibilidade de derrubarmos a CPMF. Se não houver a votação hoje, houve a quebra de compromisso firmado pelo governo", disse Agripino.
O PSDB, por sua vez, mantém a expectativa de que os 13 senadores da bancada vão votar contra a prorrogação da CPMF no plenário. "Somos 13 votos com a mesma direção, contra a CPMF. Já estamos fora do tempo das negociações. Não tivemos acesso a proposta alguma do governo", afirmou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE).
O tucano disse ter certeza que o governo não conseguirá colocar a prorrogação da CPMF em votação, nos dois turnos, até o dia 31 de dezembro --quando termina a vigência da contribuição.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que não há possibilidade de o governo reunir 49 votos porque pelo menos quatro senadores dos 53 que pertencem a partidos da base do governo já declararam votos contrários ao "imposto do cheque": Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Mão Santa (PMDB-PI) e Geraldo Mesquita (PMDB-AC).
Além disso, o líder ressaltou que o senador Tião Viana (PT-AC) só votará em caso de empate por ocupar interinamente a presidência da Casa. "O governo não tem e não terá os 49 votos para aprovar a CPMF. Para mim, se votar hoje ou amanhã muda muito pouco", enfatizou Virgílio.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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