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11/12/2007 - 17h46

Após morte de governador, Planalto não descarta votar hoje CPMF

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O governo não descarta votar a proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011 nesta terça-feira. A Folha Online apurou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) orientaram os líderes da base aliada a ficarem de plantão para que a votação ocorra a qualquer momento --quando for fechada a contabilidade de 49 votos favoráveis à prorrogação do "imposto do cheque".

"Estamos em plantão permanente, com o monitoramento [dos votos] minuto a minuto. Nós temos a orientação de ficarmos de plantão a partir de hoje. Fechamos acordo para escolher o novo presidente do Senado amanhã e, em seguida, colocar em votação da CPMF. Mas minutos depois recebemos a notícia da morte do governador de Roraima [Ottomar Pinto]", disse a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).

O governo não descarta antecipar a votação para a noite de hoje após a morte do governador --já que senadores do Estado manifestaram a intenção de acompanhar o enterro de Ottomar. Oficialmente, porém, os governistas não confirmam que a votação possa ocorrer ainda hoje.

O líder do PMDB na Casa, Valdir Raupp (RO), confirmou a estratégia de garantir a votação no momento em que os votos pró-CPMF estiverem contabilizados. "Se até lá [quarta-feira] os líderes entenderem que dá para votar, votamos hoje à noite", disse.

Raupp afirmou que neste caso os senadores Roseana Sarney (PMDB-MA) e Flavio Arns (PT-PR) retornariam à Casa para a votação, após o afastamento por problemas de saúde.

Já o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), considerou remota a possibilidade de votação na noite de hoje --mas admitiu que os senadores estão em alerta. "Por mim votamos amanhã para ganhar ou perder. Não é possível suportar nenhum desfalque na votação."

Votos

A oposição insiste que os governistas não têm os 49 votos necessários para aprovar a prorrogação da CPMF. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que sua contabilidade aponta somente 45 votos favoráveis à CPMF --o que não permite a aprovação da matéria pelo governo.

"Os 35 votos que temos contra a CPMF serão os mesmos hoje, amanhã ou depois. Nós trabalhamos com a possibilidade de derrubarmos a CPMF. Se não houver a votação hoje, houve a quebra de compromisso firmado pelo governo", disse Agripino.

O PSDB, por sua vez, mantém a expectativa de que os 13 senadores da bancada vão votar contra a prorrogação da CPMF no plenário. "Somos 13 votos com a mesma direção, contra a CPMF. Já estamos fora do tempo das negociações. Não tivemos acesso a proposta alguma do governo", afirmou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE).

O tucano disse ter certeza que o governo não conseguirá colocar a prorrogação da CPMF em votação, nos dois turnos, até o dia 31 de dezembro --quando termina a vigência da contribuição.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que não há possibilidade de o governo reunir 49 votos porque pelo menos quatro senadores dos 53 que pertencem a partidos da base do governo já declararam votos contrários ao "imposto do cheque": Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Mão Santa (PMDB-PI) e Geraldo Mesquita (PMDB-AC).

Além disso, o líder ressaltou que o senador Tião Viana (PT-AC) só votará em caso de empate por ocupar interinamente a presidência da Casa. "O governo não tem e não terá os 49 votos para aprovar a CPMF. Para mim, se votar hoje ou amanhã muda muito pouco", enfatizou Virgílio.

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Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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