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17/12/2007 - 19h01

Bernardo diz que Lula não quer plano de "afogadilho" para compensar CPMF

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quer adotar "medidas de afogadilho" para compensar a receita que será perdida com o fim da CPMF. O Senado rejeitou na semana passada a proposta de prorrogação da CPMF, que injetaria R$ 40 bilhões aos cofres públicos em 2008.

Na semana passada, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que a equipe econômica iria apresentar um pacote de medidas compensatórias. Bernardo afirmou hoje que essas medidas serão apresentadas na quarta-feira para o presidente Lula.

"O importante é que o presidente não quer nada de afogadilho. Não precisamos tomar medidas em caráter emergencial", disse Bernardo.

Segundo ele, o pacote contemplará as linhas gerais já anunciadas: manutenção do superávit primário em 3,8% do PIB, preservação dos investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e dos programas sociais e não criação de uma nova CPMF.

Para Bernardo, terá que ser feito um trabalho minucioso para definir o que pode ser cortados e quais receitas podem sofrer elevação, mas sem a necessidade de criação de um novo tributo. "São mais receitas e diminuição dos gastos. Não tem mágica que nos faça fugir dessa lógica", concluiu.

Saúde

O governo irá trabalhar para que o reajuste da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde) não seja afetado pela perda de arrecadação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) no próximo ano. Segundo o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), esse reajuste tem um impacto estimado de aproximadamente R$ 2,5 bilhões.

"A pior situação é a da saúde. Com a derrubada da CPMF, perdeu praticamente metade de seu Orçamento. Vamos reconstruir o Orçamento da Saúde", afirmou nesta segunda-feira.

A tabela de procedimentos do SUS foi reajustada em setembro no auge da crise dos hospitais públicos no Nordeste e deverá beneficiar principalmente as ações de média e alta complexidade, como cirurgias e exames laboratoriais.

Essa previsão de gasto representa um adicional aos R$ 47,8 bilhões que já constavam da proposta orçamentária enviada ao Congresso Nacional, em agosto. Pela legislação, o Orçamento da Saúde deve ser equivalente ao desse ano acrescido da variação do PIB (Produto Interno Bruto).

A CPMF contribuiria com cerca de R$ 22 bilhões para esse Orçamento. Agora, o governo procura chegar a um acordo com os parlamentares para restabelecer esse Orçamento.

Segundo Paulo Bernardo, será feito um diálogo com os deputados e senadores para que eles abram mão das emendas coletivas. Elas somam cerca de R$ 12 bilhões e foram possíveis graças a uma elevação na estimativa de receitas de R$ 21,8 bilhões.

"Essa reestimativa não virou reserva. Para que eu possa lançar mão disso eu tenho que discutir com os parlamentares", observou o ministro.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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