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19/12/2007 - 20h38

MST invade agências da Caixa e de sedes do Incra em Pernambuco

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da Agência Folha

Militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram hoje oito prédios públicos em Pernambuco para reivindicar a liberação de recursos para construção de casas.

Cinco agências da CEF (Caixa Econômica Federal) --em Caruaru, Palmares, Arcoverde, Ouricuri e Petrolina--, duas sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) --em Recife e Petrolina-- e o prédio da CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), em Recife, foram invadidos pelo movimento.

Não houve registro de incidentes nos locais, desocupados no início da tarde.

Segundo o MST, cerca de 1.500 famílias de assentados participaram das ações.

"O acordo com Incra, Caixa Econômica e governo do Estado foi fechado há mais de um ano, e por causa de burocracia, só conseguimos que 54 casas fossem construídas", disse Messilene Gorete, da direção nacional do MST. O movimento reivindica a construção de 1.350 casas em 32 assentamentos em Pernambuco.

Representantes da CEF, Incra e CPRH reuniram-se hoje, em Caruaru (134 km de Recife), para discutir o caso.

Em nota, a CEF confirmou as invasões e disse que "executa programas habitacionais que atendem a necessidade de moradia da população de baixa renda e, entre outras iniciativas, mantém regularmente contato com representantes dos movimentos populares."

Paraíba

Na Paraíba, cerca de 70 integrantes do MST invadiram hoje a sede da Prefeitura de Cacimba de Areia (332 km de João Pessoa). Segundo a Polícia Militar, por volta das 8h, os sem-terra quebraram a porta de acesso ao prédio.

O MST pede a desapropriação da fazenda Cacimbas, de cerca de 1.300 hectares.

O Incra informou, por meio de sua assessoria jurídica, que a fazenda já foi considerada improdutiva e que só falta a prefeitura emitir uma certidão para a implantação do assentamento.

Os sem-terra desocuparam a sede por volta das 18h, após a prefeitura se comprometer a fazer uma reunião com representantes do MST.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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