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18/01/2008 - 07h43

Requião rebate nota da Ajufe e diz que defesa de juiz tem "vezo corporativo"

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DIMITRI DO VALLE
da Agência Folha, em Curitiba

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), acusou ontem a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) de defender o corporativismo e ser conivente com o que chama de "volta da censura ao país".

Requião respondeu nota divulgada anteontem pela entidade em defesa do juiz Edgard Lippmann Júnior, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que proibiu o peemedebista de usar a TV Educativa do Paraná para criticar desafetos. Em protesto, o juiz foi acusado pelo governador de prática de censura.

O governador disse, em nota, que ficou "decepcionado" com o posicionamento da Ajufe. O comunicado da associação de juízes, um desagravo a Lippmann Júnior assinado pelo presidente da entidade, Walter Nunes da Silva Júnior, dizia que Requião "debocha" de decisões judiciais e "maltrata o regime democrático".

"Esperava uma forte e clara manifestação contra a volta da censura no país. E o que vi foram descabidas considerações a meu respeito. Esperava a defesa do direito e da verdade. E não o vezo [hábito] corporativo que vejo na nota [da Ajufe]", disse Requião.

O governador convidou Silva Júnior para debater a "volta da censura" na próxima terça-feira, durante a "Escola de Governo", reunião de seu secretariado que é transmitida pela TV Educativa e também é alvo da decisão que o impede de continuar com as críticas.

"Mais uma vez, no lugar de tratar um assunto com seriedade, [Requião] parte para o deboche", afirmou Silva Júnior à Folha. O juiz disse que aceita o debate proposto, desde que seja em Brasília, na sede da Ajufe, e sobre "temas verdadeiros".

"Não posso participar de um debate com esse sentido [volta da censura] porque é uma premissa falsa. Poderia debater com ele sobre como os Poderes devem se respeitar e homens públicos, vivendo numa democracia, precisam aceitar que existem posições contrárias a dele."

 

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