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30/01/2008 - 18h19

Lobão Filho toma posse com críticas ao DEM, mas fala em "desfiliação amigável"

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LÍSIA GUSMÃO
Colaboração para a Folha Online, em Brasília

O senador Lobão Filho (DEM-MA) assumiu nesta quarta-feira a vaga deixada pelo pai, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), disparando críticas à cúpula do DEM e sem apresentar os documentos de defesa para as denúncias de suposto uso de laranja para ocultar participação em uma distribuidora de bebidas. Ele disse que sofreu um massacre durante 15 dias e negou envolvimento com o suposto esquema de sonegação de impostos.

Após a posse, no gabinete do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), Lobão Filho repetiu que transferiu as ações da Bemar --distribuidora de bebidas no Maranhão-- para uma pessoa indicada por seus ex-sócios.

"Eu sabia que estava passando [as ações] para os representantes indicados por meus ex-sócios. Se a empregada doméstica fosse minha, seria complicado. Mas a empregada é deles [ex-sócios]", disse o senador, explicando que levará sua defesa ao DEM para só então apresentá-la à Mesa Diretora do Senado.

Descortesia

Lobão Filho acusou o DEM de "descortesia" e sinalizou que sofreu hostilidade e perseguição dentro do partido. Em seguida, porém, afirmou que sua desfiliação será "amigável". O senador disse ainda que definirá com seus advogados a estratégia de desligamento do partido para não ser punido pela lei eleitoral.

"Fui julgado politicamente pelo meu partido. Por presunção, o DEM achou que eu teria uma postura contrária a do partido por meu pai ser ministro. A lei eleitoral diz que posso pedir desligamento em caso de hostilidade e perseguição. Mas a desfiliação deve ser amigável", afirmou.

O senador disse que recebeu convite para entrar no PMDB, PR e PTB. Mas ele pretende conversar primeiro com seu grupo político antes de assinar a ficha de filiação em outro partido. "Tenho uma dívida moral com o PMDB", afirmou Lobão Filho, acrescentando que recebeu do senador José Sarney (PMDB-AP) o convite para ingressar no partido.

Fim dos suplentes

Lobão Filho confirmou que pretende apresentar um PL (projeto de lei) para acabar com a figura do suplente e negou constrangimento por ser mais um senador sem voto.

"Com a autoridade de suplente, vou apresentar um projeto para acabar com a figura do suplente", disse o senador.

Comentários dos leitores
Reginaldo Carvalho (76) 19/02/2008 09h14
Reginaldo Carvalho (76) 19/02/2008 09h14
Dar ao filho a suplência do senado demonstra, o pai, estar mais preocupado em manter a boa vida do filho do trabalhar pelo país. Garanto, se deixassem, acomodaria toda a família em repartições públicas, ou próximo a ele para "assessorá-lo". Realmente a política desse país está um nojo. Vale lembrar que os lobãos acima são crias do José Sarney, Até quando, gente, aguentaremos essa canalhice ? A minha consolação é que ainda há homens sérios nesse país como o Rolando Boldrin. Vale a pena ouvir sua mensagem neste video . http://www.rolandoboldrin.com.br/video. sem opinião
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Luiz Stephano De Módena (1226) 19/02/2008 01h15
Luiz Stephano De Módena (1226) 19/02/2008 01h15
GUARUJA / SP
Deixar o DEM tudo bem, desde que expulso conforme solititação do Dep. Onix, sem acordão, que o mandato de Lobão Filho, seja devidamente reinvindicado pelo partido junto ao TSE.
É o mínimo que se espera.
106 opiniões
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Antonio Fouto Dias (2079) 18/02/2008 21h04
Antonio Fouto Dias (2079) 18/02/2008 21h04
Lobão Filho, vinte anos de filiação partidária no PFL, hoje DEM., de repente tem oportunidade de exercer o mandato de Senador da República, sem ter recebido um só voto e deixa o partido. Certamente seguirá o mesmo rumo de seu pai, que ingressou no PMDB, por puro interesse, uma vez que se continuasse no DEM, jamais seria ministro, neste governo. Creio que Lobão Filho irá para um outro partido, também da base aliada, afinal, creio que não se oporia a decisões do próprio pai. 1 opinião
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