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Corregedor do Senado quer concluir em 30 dias investigações contra Lobão Filho
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), espera concluir em 30 dias as investigações sobre a suposta quebra de decoro parlamentar do senador Edison Lobão Filho (DEM-MA) --acusado de usar laranja para sonegar impostos, de ser sócio oculto em uma empresa de bebidas e ainda cometer irregularidades ao vender uma emissora de TV no interior do Maranhão.
Tuma deu início formalmente às investigações sobre Lobão Filho nesta quinta-feira, após protocolar o pedido na Mesa Diretora do Senado. Apesar das investigações da corregedoria, Lobão Filho deve escapar de um eventual processo por quebra de decoro parlamentar no Senado porque as supostas irregularidades teriam sido cometidas antes de assumir a cadeira no Legislativo.
O corregedor disse, porém, que manterá as investigações mesmo com a possibilidade de Lobão Filho ser anistiado pelos colegas. "Eu acho que ninguém pode ser denunciado por qualquer deslize, mas é claro que temos que comprovar os atos. Não se pode por antecipação dizer que ele está anistiado. Temos que lutar pela ética nesta Casa. O corregedor não pode deixar de agir porque poderá não dar resultados", afirmou.
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), já afirmou que Lobão Filho só poderia ser processado por quebra de decoro parlamentar se as acusações que pesam contra ele se referissem a atos cometidos no exercício do mandato.
Como as supostas irregularidades teriam sido cometidas antes da sua posse no Legislativo, a expectativa é que o senador escape de um eventual processo de cassação no conselho.
Depoimentos
Tuma pretende ouvir o depoimento do parlamentar na segunda etapa das investigações após analisar documentos solicitados ao Ministério Público Federal, à Receita Federal e à Polícia Federal sobre as denúncias sobre Lobão Filho.
O corregedor pretende ouvir o depoimento da empregada doméstica Maria Lúcia Martins --para quem Lobão Filho teria transferido ações de uma empresa de bebidas. O senador é acusado de ter usado a doméstica como laranja, sem o seu conhecimento.
Maria Luiza Thiago de Almeida, ex-sócia da distribuidora de bebidas Bemar, afirma que em 1999 as ações de Lobão Filho na empresa foram transferidas para Maria Lúcia --que na época era sua empregada doméstica --com o uso de procuração e documentos falsos. A intenção de Lobão Filho seria fugir de dívidas do fisco, o que ele nega.
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