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13/02/2008 - 23h32

Sem Lula, PT comemora 28 anos com festa em Brasília com presença de mensaleiros

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A festa de comemoração pelo aniversário dos 28 anos do PT realizada na noite desta quarta-feira em Brasília foi marcada pela ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As atenções da festa acabaram voltadas para o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), que ocupou com destaque o palanque das autoridades petistas.

De calça esporte e camisa pólo, o ex-ministro fez questão de cumprimentar parte dos presentes e não se recusou a conceder entrevistas. Afastado do governo desde junho de 2006 --quando entregou o comando da Casa Civil após as acusações de ser o mentor político do escândalo do mensalão-- Dirceu não quis comentar sobre o processo a que responde na Justiça pelo envolvimento no caso.

O ex-ministro disse, apenas, que se mantém afastado do comando político do PT e vêm realizando uma série de palestras pelo país desde que deixou o governo. Apesar de aparentemente distante da vida política, o ex-ministro criticou a oposição no episódio dos cartões corporativos do governo.

"É preciso punir quem usou os cartões de forma incorreta, mas estão transformando [o episódio] em campanha eleitoral de 2008 e para atingir o presidente. Por que investigar em Brasília, e não em São Paulo? Porque [a CPI] é eleitoreira", afirmou.

Questionado por uma repórter venezuelana sobre o governo do presidente Hugo Chávez, Dirceu defendeu o comandante do país vizinho. "Temos que apoiar o presidente Chávez e consolidar o processo que está acontecendo no país."

Além de Dirceu, o ex-ministro Antonio Palocci e os deputados José Genoino (PT-SP), José Mentor (PT-SP) e Paulo Rocha (PT-SP) --também acusados de envolvimento no mensalão-- marcaram presença na festa petista.

Justificativas

Apesar de ser o convidado de honra da comemoração, o presidente Lula preferiu não comparecer à festa, mesmo estando na capital federal. Lula e o vice-presidente José Alencar, que também não foi à comemoração, chegaram a ter as presenças confirmadas pelo site do PT.

Lideranças do partido atribuíram à "agenda apertada" a ausência de Lula. "O presidente sabe que esse é o partido dele. O Lula é a face do PT, não há qualquer distanciamento com o partido", disse o líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE).

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que a ausência de Lula "não altera a essência dele ser o maior nome do partido". Já o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), disse que seria impossível ao presidente comparecer em todos os eventos do PT.

"A presença do presidente é sempre boa, mas ele não pode atender a todos os convites. Sei que esse convite é especial, mas qualquer interpretação política [sobre a sua ausência] me parece tentativa de procurar pelo em casca de ovo", afirmou o deputado.

Festa

A festa de aniversário do partido custou cerca de R$ 90 mil, para 1.300 convidados. Realizada em um tradicional clube de Brasília, cada petista desembolsou entre R$ 50 e R$ 200 pelo convite com direto a buffet e música ao vivo.

Vários ministros petistas participaram da comemoração, entre eles Tarso Genro (Justiça), Paulo Bernardo (Planejamento), Marta Suplicy (Turismo) e Dilma Roussef (Casa Civil), que reapareceu mais magra na festa e não se furtou em tirar fotos com diversos convidados.

Durante as comemorações, o partido fez uma homenagem aos 25 anos de posse da primeira administração do PT na cidade de Diadema (SP). Nos discursos, o atual prefeito da cidade, José de Filippi Jr. (PT), e o presidente do partido, Ricardo Berzoini, relembraram parte da história da legenda.

 

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