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Rainha defende continuidade de invasões de terra no oeste paulista
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REGIANE SOARES
da Folha Online
O líder dos trabalhadores sem-terra José Rainha Jr. defendeu nesta quarta-feira a continuidade das invasões de terras na região do Pontal do Paranapanema (oeste paulista) por movimentos sociais. Desde o início do mês, sem-terras ligados a Rainha invadiram 16 fazendas em uma ação batizada de "Carnaval Vermelho".
A série de invasões teve o objetivo de cobrar do governo do Estado a criação de mais assentamentos e a retirada do projeto de lei que visa regularizar áreas supostamente devolutas no Pontal. A proposta, que prevê a regularização de áreas acima de 500 ha em troca da criação de assentamentos, deve ser analisada pela Assembléia Legislativa de São Paulo a partir de março.
Durante debate realizado na Assembléia pela Frente Parlamentar pela Reforma Agrária, Rainha disse que não vai ter só "Carnaval Vermelho", mas "Páscoa Vermelha, São João Vermelho, Independência Vermelha e Natal Vermelho enquanto tiver terra pública improdutiva".
"Vai ter vermelho enquanto tiver pobre e enquanto tiver um governo desse que pega terra públicas e põe na mão de meia dúzia de grileiros. Enquanto tiver terra pública improdutiva vai ter tudo o que você pensar de vermelho", afirmou o líder.
O debate reuniu líderes de outros movimentos sociais, como a CPT (Comissão Pastoral da Terra), a Abra (Associação Brasileira da Reforma Agrária), o Mast (Movimento dos Agricultores Sem Terra), da Faraesp (Federal dos Trabalhadores Assalariados do Estado de São Paulo), entre outros.
O deputado Simão Pedro, líder do PT na Assembléia e um dos coordenadores da Frente Parlamentar pela Reforma Agrária, disse que o objetivo do debate foi discutir a situação dos sem-terra na região do Pontal do Paranapanema e o projeto de lei que regulariza áreas supostamente devolutas.
Rainha defendeu ainda a retirada do projeto da pauta da Assembléia para que o governo possa discutir a proposta com representantes dos movimentos sociais. Mas reconheceu que a matéria só será retirada se houver mobilização e unidade dos sem-terra.
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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